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Ferro Rodrigues: "Os portugueses estão vacinados contra a austeridade"

Ferro Rodrigues referiu que, "contra todas as expectativas, contra muitos que pensavam nunca tal poder acontecer", os portugueses "foram capazes de ultrapassar bloqueios e encontrar soluções capazes de recuperar o país da profunda crise"

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, defendeu hoje que Portugal e os portugueses estão vacinados contra a austeridade e pediu unidade no combate às consequências económicas e sociais resultantes da pandemia de covid-19.

Esta posição foi defendida por Ferro Rodrigues no discurso que proferiu na sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, numa intervenção sobretudo aplaudida pelo PS, mas em momento algum pelo líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia.

Ferro Rodrigues referiu que, "contra todas as expectativas, contra muitos que pensavam nunca tal poder acontecer", os portugueses "foram capazes de ultrapassar bloqueios e encontrar soluções capazes de recuperar o país da profunda crise - até mesmo de identidade e de valores - em que se encontrava, depois de um período tão difícil e complexo como foi o período de assistência financeira, com profundos impactos na pobreza e na exclusão social".

"De uma coisa estou certo: Portugal e os portugueses estão vacinados contra a austeridade. Resta saber se a vacina tem 100% de eficácia", apontou.

Segundo o presidente da Assembleia da República, embora a pandemia que Portugal enfrenta "tenha deitado a perder parte daquilo que foi conquistado com tanto esforço e sacrifício, foi no parlamento - que assumiu, também por isso, uma centralidade crescente no funcionamento do sistema político - e em concertação permanente, que foi possível concretizar um programa de recuperação de rendimentos e de alteração de política económica, sem pôr em causa os compromissos internacionais de Portugal".

"Num momento em que os portugueses esperam dos seus representantes sentido de responsabilidade, estou certo de que todos os representantes políticos - porque todos contam, porque todos são importantes - darão o seu contributo para um novo presente, para um futuro melhor", acrescentou.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.