Sábado – Pense por si

A praga do futebol

05 de setembro de 2011 às 12:13

Numa das grandes obras da literatura brasileira, "Macunaíma", o sr. Mário de Andrade coloca o herói do livro a inventar o futebol e adjectiva-o

Numa das grandes obras da literatura brasileira, "Macunaíma", o sr. Mário de Andrade coloca o herói do livro a inventar o futebol e adjectiva-o, de forma bondosa, como uma "praga", da mesma família do bicho-do-café e da lagarta rosada. Talvez exagerasse. O futebol pode e deve ser um divertimento e não um roedor sem juízo. Mas hoje em dia há quem, nos chamados clubes profissionais, pugne por tornar o futebol uma soma de vários dos sete pecados mortais. A gula, a luxúria, a inveja e a soberba correm livres pelo mundo do futebol global, onde os adeptos são tratados cada vez mais apenas como consumidores: de jogos pela televisão paga, de "merchandising", de bilhetes cada vez mais caros. Tudo o resto é um gigantesco circo onde tudo cheira a negócio puro e simples. Será mesmo uma praga?

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