A grande marcha portuguesa para o luxo foi substituída pela pequena marcha para o lixo.
Ao destino só falta marcar a hora para se cumprir. O trágico futuro do euro ficará para mais tarde. Lula da Silva foi de uma clareza cintilante: o atraso do apoio à Grécia tornou a União Europeia uma presa fácil dos apetites do lucro fácil e sem moral. Como Portugal está no fim da cadeia alimentar, vamos pagar caro a brincadeira. Antigamente deixava-se a riqueza acumulada à família ou aos descendentes. Hoje o Estado português deixa-nos dívidas. Nos últimos seis anos, o Governo desconheceu o que era prudência e a despesa pública cresceu para o dobro. Sócrates não foi um estadista. Foi um gastador. As suas melhores realizações foram descobrir a forma de arranjar e gastar dinheiro. O resultado está à vista: os impostos jorram em catadupa para retirar o que resta do sangue dos portugueses. O Estado português vampiriza a sociedade. "True Blood" realiza-se em Portugal. Agora estamos presos de pés e mãos e continuamos sem aprender. Um provérbio chinês muito antigo lembrava: "Engana-me uma vez, a vergonha é tua; engana-me duas vezes, a vergonha é minha". A classe política portuguesa não pode ser envergonhada outra vez. Pelas agências de "rating" ou por esta UE. E não pode brincar à política, como continuam a fazer os dirigentes do PS e do PSD com os seus discursos patéticos. A longa marcha chinesa matou milhões de pessoas. A pequena marcha portuguesa ameaça arruinar este país e os seus cidadãos. A classe política não pode cobrir a cara após uma segunda vergonha.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.