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Venezuela: Guaidó diz que vai continuar a "libertar" presos políticos

02 de maio de 2019 às 09:29

Juan Guaidó é reconhecido como Presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

O presidente do parlamento venezuelano e líder da oposição, Juan Guaidó, assegurou, na quarta-feira, que continuará a "libertar" os presos políticos, depois de ter libertado Leopoldo Lopez na terça-feira, como acrescentou.

Guaidó, que é reconhecido como Presidente interino daVenezuelapor mais de 50 países, liderou na terça-feira um levantamento militar que não teve seguimento e apelou para manifestações nesta quarta-feira. Na terça-feira foi libertado o político Leopoldo Lopez, que tinha sido condenado a 14 anos de prisão e que os cumpria em prisão domiciliária.

"Continuaremos a libertar os prisioneiros políticos como Juan Requesens, Gilber Caro", disse o líder da oposição perante apoiantes numa zona perto de Petare, a maior favela da América Latina, a este de Caracas.

E acrescentou: "Estamos mais fortes, mais determinados".

Guaidó teve esta quarta-feira apoio da população nas ruas, depois de, na terça, ter fracassado o levantamento militar.

Guaidó assegurou que Leopoldo Lopez foi posto em liberdade por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência, que cumpriram a sua ordem de Presidente interino após lhe ter oferecido "amnistia e garantia de indultos".

Segundo a organização não governamental Foro Penal foram detidas desde o princípio do ano 1.693 pessoas, por crimes de consciência ou por se manifestarem contra o governo de Nicolás Maduro, ainda que a maior parte já esteja em liberdade.

Segundo a mesma organização, permanecem detidas 755 pessoas por questões políticas, incluindo opositores do regime, como Roberto Marrero, o principal colaborador de Guaidó.

Guaidó disse também que falará "com qualquer funcionário" que o ajude a tirar Maduro do poder e a instalar um governo de transição que convoque eleições livres.

Juan Guaidó desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro, que envolveu alguns militares, e apelou à adesão popular. O regime considerou que estava em curso um golpe de Estado.

Na quarta-feira registaram-se manifestações em Caracas e em outras cidades da Venezuela. Fontes médicas indicaram haver pelo menos 27 feridos.

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