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Trump diz que só não teve mais votos por causa de votos ilegais

28 de novembro de 2016 às 08:41

O Presidente eleito dos EUA Donald Trump afirmou hoje que, além de ter garantido em 8 de Novembro a maioria dos grandes eleitores, também venceu o sufrágio popular face à rival Hillary Clinton, referindo-se a "milhões de votos ilegais"

Nos últimos dias, e em plena celebração do dia Acção de Graças, acentuou-se a polémica quando a ex-candidata independente ecologista à Casa Branca, Jill Stein, decidiu exigir a recontagem dos votos nos estados do Wisconsin, Pensilvânia e Michigan.

Estes estados decisivos foram ganhos por curta margem pelo republicano Donald Trump. O campo de Hillary Clinton já anunciou que vai participar na recontagem dos votos em Wisconsin. Mas Donald Trump garante que ganhou no voto popular. 

"Além de uma vitória esmagadora no colégio eleitoral [os grandes eleitores], ganhei o voto popular caso se anularem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente", acusou numa mensagem Twitter o futuro 45ª Presidente dos Estados Unidos que em 20 de Janeiro será o novo inquilino da Casa Branca.

Segundo o sistema de escrutínio universal indirecto, Donald Trump venceu as presidenciais com 290 grandes eleitores contra 232 para Hillary Clinton, num total de 538 para os 50 estados norte-americanos e a capital Washington. Os 16 grandes eleitores do Michigan que deverão ser atribuídos à candidatura de Trump ainda não foram oficialmente anunciados.

No sufrágio popular, o resultado eleitoral indicou que a democrata Clinton obteve mais dois milhões de votos que o republicano Trump.

Nos três estados onde a votação foi contestada, o presidente eleito garantiu 100.00 votos de avanço: 20.000 votos no Wisconsin, 70.000 na Pensilvânia e 10.000 no Michigan.

Ainda hoje, Trump e os seus conselheiros censuraram vivamente a equipa de Clinton por pretender participar na recontagem dos votos no Wisconsin. No Twitter, o milionário recordou à sua rival o momento da campanha em que Clinton o exortou a respeitar o resultado caso a democrata vencesse o escrutínio.

"Tanto tempo e tanto dinheiro que estão a despender, para um mesmo resultado!", escreveu o homem de negócios.

"O povo exprimiu-se e esta eleição está terminada", tinha referido no sábado, ao considerar "ridícula" a iniciativa da ecologista Jill Stein que recolheu milhões de dólares para financiar o seu pedido. Apesar de pretender participar na iniciativa, a equipa de Clinton já esclareceu que não detectou irregularidades em Wisconsin.

Kellyanne Conway, uma conselheira de Trump, aproveitou para denunciar uma "desconcertante recontagem" e apelou aos democratas para não serem "maus perdedores".

Na cadeia televisiva NBC, Conway revelou que o Presidente eleito e o seu antecessor, Barack Obama, mantiveram no sábado uma conversa telefónica de 45 minutos.

"Da parte do presidente eleito Trump, posso dizer-vos que gosta muito de falar com o Presidente Barack Obama, evocar as questões graves com que se confronta este país e o mundo", afirmou. "Eles entendem-se bem. Estão em desacordo sobre numerosos pontos, e isso não vai mudar. Mas respeitam-se e respeitam o processo e a transição sem sobressaltos do poder".

Donald Trump passou o fim de semana prolongado do dia de Acção de Graças no seu luxuoso complexo de golfe na Flórida, para acertar a elaboração do seu governo, aguardando-se em particular a escolha do nome para a estratégica pasta da diplomacia.

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