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Tóquio2020: 'Supersónica' Elaine Thompson brilhou no estádio olímpico

31 de julho de 2021 às 16:16

A marca de Thompson, 10,61 segundos com vento desfavorável de 0,6 metros por segundo, é a melhor em 33 anos e só é superada pelos 10,49 segundos da norte-americana Florence Griffith-Joyner nos 'trials' dos Estados Unidos em 1988.

A jamaicana Elaine Thompson-Herah revalidou este sábado o seu título olímpico dos 100 metros, com o triunfo em Tóquio a corresponder também a recorde olímpico e segunda melhor marca mundial de sempre.

O hectómetro feminino, que rendeu uma tripla no pódio à Jamaica, acabou por deixar para segundo plano a vitória de Daniel Stahl no disco, com 'dobradinha' sueca, e o triunfo da Polónia na estreia no calendário olímpico da estafeta mista de 4x400 metros.

A marca de Thompson, 10,61 segundos com vento desfavorável de 0,6 metros por segundo, é a melhor em 33 anos e só é superada pelos 10,49 segundos da norte-americana Florence Griffith-Joyner nos 'trials' dos Estados Unidos em 1988 - uma marca muito contestada, com suspeitas de 'doping' e de ter sido conseguida com vento irregular.

Thompson, campeã no Rio2016, foi ladeada no pódio por Shelly Ann Fraser-Pryce (10,74), a anterior bicampeã, em 2008 e 2012, e por Shericka Jackson (10,76), uma atleta mais nova, que dá garantias de que a 'escola' jamaicana tem futuro na especialidade.

Só Fraser-Pryce, até hoje a mais rápida do ano, deu a sensação de que podia ombrear com a nova campeã, mas, aos 60 metros, Thompson embalou para uma vitória categórica e muito festejada quando caiu no tartã após cruzar a meta.

Aos 29 anos, Thompson ainda pode sonhar com um histórico terceiro triunfo, mas a concorrência promete ser forte por parte da mais jovem Shericka Jackson, até agora especialista de 400 metros, bem como da nova geração de norte-americanas, sobretudo Sha'Carri Richardson, inesperada ausente por ter tido há um mês um controlo positivo por canabis.

Quanto a Fraser-Pryce, está com 35 anos e, depois de subir ao pódio em quatro edições consecutivas, não vai apontar para Paris2024. Para já, chega à sétima medalha, em todas as provas, e juntará pelo certo mais uma, na estafeta 4x100 metros.

Tal como há cinco anos, pelo quarto lugar ficou a costa-marfinense Marie-Josée Ta Lou, que na primeira ronda se tinha destacado com novo recorde de África, dando a impressão de que poderia intrometer-se na luta pelo pódio.

Daniel Stahl é o novo campeão olímpico do lançamento do disco, confirmando o favoritismo com que chegou a Tóquio2020 e dando a primeira medalha de ouro de sempre na especialidade à Suécia.

O campeão mundial de Doha2019 lançou a 68,90 metros, logo no segundo lançamento, sendo seguido no pódio por outro sueco, Simon Petterson (67,39), e pelo austríaco Lukas Weisshaidinger (67,05).

Muito perto do pódio ficou o australiano Mathew Denny (67,02 metros) e o quinto lugar pertenceu ao esloveno Kristjan Ceh (66,37), único lançador que ao longo da época parecia poder incomodar Stahl.

Há cinco anos, Stahl nem sequer chegou à final, mas, desde então, não parou de progredir - segundo nos Mundiais de 2017 e campeão volvidos dois anos, sempre na liderança do 'ranking', com um recorde pessoal de 71,40 metros.

Na 'novidade' 4x400 metros mistos, a primeira campeã é a Polónia, com um quarteto formado por Karol Zalewski, Natalia Kaczmarek, Justyna Swiety-Ersetic e Kajetan Duszynski. O primeiro título olímpico da especialidade foi conseguido em 3.09,87 minutos, novo recorde da Europa.

Desclassificados nas meias-finais na véspera, a República Dominicana e os Estados Unidos foram reinstalados para a final e ficaram com prata e bronze, respetivamente.

A prova foi introduzida no calendário oficial para o Mundial de estafetas de 2017, em Nassau, e tem a particularidade de cada equipa escolher a sua própria ordem de entrada de atletas, entre os dois homens e duas mulheres inscritos.

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