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Taxa de poupança das famílias cai para 11,5% no 2.º trimestre

23 de setembro de 2021 às 17:17

No trimestre anterior, a taxa de poupança das famílias tinha atingido o valor mais alto de sempre (14,2%).

A taxa de poupança das famílias caiu para 11,5% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, refletindo o aumento de 4,4% do consumo privado, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

"No 2.º trimestre de 2021, a capacidade de financiamento das famílias diminuiu 2,3 pontos percentuais (p.p.), para 5,2% do PIB e a taxa de poupança fixou-se em 11,5% (14,2% no trimestre anterior), refletindo sobretudo o crescimento de 4,4% do consumo privado (-1,8% no trimestre anterior)", indica o INE.

No trimestre anterior, a taxa de poupança das famílias tinha atingido o valor mais alto de sempre (14,2%), refletindo uma redução do consumo durante os primeiros três meses do ano, em que foi decretado um confinamento geral devido à pandemia.

A redução da taxa de poupança no 2.º trimestre "foi consequência do aumento de 4,4% da despesa de consumo (variação de -1,8% no trimestre anterior), que mais que compensou o aumento de 1,3% do rendimento disponível", indica o INE.

As remunerações e as outras transferências correntes contribuíram em 1,5 e 0,1 pontos percentuais (p.p.) para a queda, respetivamente.

Já o saldo positivo dos rendimentos de propriedade registou uma redução, o que se traduziu num contributo negativo de 0,2 p.p. para a variação do rendimento disponível.

O INE refere que, "em contas nacionais, as moratórias relativas ao pagamento de juros de empréstimos concedidas pelo setor das sociedades financeiras não têm impacto no saldo de rendimentos de propriedade (...), mesmo que não tenham sido efetivamente pagos".

O investimento, que corresponde essencialmente a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção pelas famílias, aumentou 2,1% no 2.º trimestre de 2021 (0,8% no trimestre anterior).

O rendimento disponível bruto das famílias ajustado 'per capita' fixou-se em 16,6 mil euros no ano terminado no 2.º trimestre de 2021, um aumento de 1,4% face ao trimestre anterior.

Ainda de acordo com o instituto, a necessidade de financiamento das sociedades não financeiras diminuiu 1,7 p.p., fixando-se em 0,9% do PIB no ano acabado no 2.º trimestre de 2021.

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