Síria: Acusações norte-americanos de ataques químicos são “mentiras”
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros denuncia as falsas alegações dos Estados Unidos", indicou governo sírio.
A Síria desmentiu hoje as recentes acusações dos Estados Unidos de que o regime teria utilizado armas químicas contra rebeldes numa zona perto de Damasco, que qualificou de "mentiras".
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros denuncia as falsas alegações dos Estados Unidos segundo as quais o governo sírio utilizou armas químicas na Ghouta Oriental", indicou uma fonte do ministério, citada pela agência oficial Sana.
A Ghouta Oriental, enclave rebelde a leste da capital síria, Damasco, cujos habitantes estão sitiados desde 2013 pelas forças do regime, é regularmente bombardeada pelo exército sírio.
Na sexta-feira, o ministro da Defesa norte-americano, Jim Mattis, disse que os Estados Unidos receavam que gás sarin tivesse sido utilizado recentemente na Síria.
"O que nos preocupa mais é a possibilidade de gás sarin ter sido utilizado" recentemente, referiu, precisando que os Estados Unidos não têm de momento provas que apoiem essa hipótese.
Organizações não-governamentais e grupos rebeldes "dizem que foi utilizado gás sarin. Por isso procuramos provas", disse Mattis.
Os Estados Unidos são os próprios a reconhecer que as suas declarações não são "baseadas em provas", disse o ministério sírio.
"Trata-se de mentiras baseadas nas histórias dos ditos parceiros dos norte-americanos no terreno", adiantou.
Um alto responsável norte-americano afirmou na quinta-feira que o regime de Bashar al-Assad e o grupo extremista Estado Islâmico "continuam a utilizar armas químicas".
Um outro responsável declarou que o Presidente Donald Trump "não exclui qualquer" opção e que "o uso da força militar continua a ser estudado".
Mais de 350.000 pessoas, incluindo mais de 100 mil civis, foram mortas desde o início da guerra na Síria em 2011, enquanto milhões foram obrigados a abandonar as suas casas.
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