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Sauditas garantem que implicados na morte de Khashoggi serão punidos

23 de outubro de 2018 às 14:59

As autoridades sauditas garantiram hoje que todos os implicados na morte do jornalista Jamal Khashoggi, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, serão punidos, independente de quem sejam.

As autoridades sauditas garantiram hoje que todos os implicados na morte do jornalista Jamal Khashoggi, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, serão punidos, independente de quem sejam.

"Foram tomadas medidas para descobrir a verdade e punir as pessoas que falharam nas suas responsabilidades", bem como aquelas "directamente implicadas" na morte de Jamal Khashoggi, "independente de quem sejam", segundo declarações divulgadas pela agência de notícias oficial (SPA) no final da reunião semanal do governo saudita.

Os 'media' estatais adiantam ainda que o rei Salman bin Abdulaziz e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman irão receber um filho e um irmão de Khashoggi.

A declaração surge pouco depois de o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan ter apelado para o julgamento, na Turquia, dos 18 suspeitos da morte do jornalista que se encontram detidos na Arábia Saudita.

Erdogan, que falava numa sessão no parlamento turco, insistiu no carácter "premeditado" de um "assassínio brutal", contradizendo a versão avançada por Riade, de que se tratou de uma morte acidental.

Um alto responsável dos Estados Unidos, citado sob anonimato pela Associated Press, adiantou, entretanto, que a directora da CIA, agência de informações norte-americana, Gina Haspel, está na Turquia para analisar o caso.

A vista de Haspel acontece um dia depois de o Presidente Donald Trump se ter manifestado insatisfeito com a explicação avançada pela Arábia Saudita sobre a morte do jornalista.

Jamal Khashoggi, de 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.

O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.

No sábado, a Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul, depois de, durante vários dias, as autoridades de Riade terem afirmado que saíra vivo do consulado

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