PS vai governar sozinho e negociar com todos os partidos caso a caso
Costa disse que não vai assinar acordos escritos com nenhum partido e que vai governar caso a caso com o BE, PCP e PEV, tal como em 2015, e alargar negociações ao PAN e Livre.
O secretário-geral do PS não vai fazer nenhum acordo escrito de legislatura com outras forças parlamentares, mas frisou que a metodologia de trabalho adotada na anterior legislatura vai manter-se com os parceiros. Ou seja, o Governo será do PS, mas irá engociar caso a caso ocm os restantes cinco partidos de esuqerda representados no Parlamento (Bloco de Esquerda, PCP, PEV, PAN e Livre).
Nessa intervenção, António Costa disse que, desta vez, não se repetirá a assinatura de declarações conjuntas do PS com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, tal como em 2015, mas salientou logo a seguir que a metodologia de trabalho adotada na anterior legislatura se manterá, sendo agora alargada ao PAN e Livre.
O comunicado final da reunião da Comissão Política Nacional do PS traduz esta ideia do líder socialista, não referindo qualquer compromisso escrito de início de legislatura, numa alusão aos resultados da ronda de conversações que António Costa teve com o Bloco de Esquerda, PCP, PEV, Livre e PAN na quarta-feira.
"Resultou ainda dos contactos que, à semelhança da legislatura agora finda, será prosseguida uma metodologia idêntica de apreciação prévia das propostas de orçamentos do Estado e de outras relevantes para a estabilidade governativa", refere-se no comunicado.
Fonte socialista adiantou à agência Lusa que, se o PS fizesse um acordo escrito de legislatura apenas com o Bloco de Esquerda, estaria agora a hierarquizar parceiros na nova solução política, o que dentro do PS se considera indesejável.
Por outro lado, na sua intervenção, António Costa, para desdramatizar a ausência de qualquer acordo escrito, afirmou que o teor das anteriores declarações conjuntas com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV se esgotou há dois anos, a meio da legislatura.
O importante, segundo o secretário-geral do PS, é que o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, assim como o Livre e o PAN, estão disponíveis para "análise conjunta prévia de orçamentos do Estado" e de outros documentos relevantes do ponto de vista político, assim como também não votam moções de rejeição ou de censura vindas de forças da direita.
Com Lusa
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