PS diz que quer ver as contas da coligação
Os socialistas afirmam que para fazerem uma análise detalhada das propostas da PAF é preciso quantificação das medidas propostas
O PS recusou esta quinta-feira as acusações dos sociais-democratas sobre a forma "ligeira e superficial" como analisaram o programa da coligação PSD/CDS-PP, sublinhando que para uma análise detalhada do programa é necessário que as medidas sejam quantificadas.
"É preciso é que apresentem as contas se se espera uma análise detalhada do programa", afirmou o vice-presidente da bancada do PS Pedro Nuno Santos, em declarações à Lusa, numa reacção às acusações do PSD segundo as quais os socialistas fizeram uma "crítica ligeira e superficial" ao programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP.
Recusando que o PS esteja "a acenar com o papão da privatização da Segurança Social", Pedro Nuno Santos referiu que a análise que o seu partido fez relativamente proposta da coligação para a Segurança Social "é muito clara e não é uma análise superficial", pois é a própria coligação que fala em limites para as contribuições e em tectos para as pensões.
Contudo, acrescentou, o que não está no programa é quais são esses limites e tectos, daí que seja necessário que a coligação PSD/CDS-PP especifique como quer fazer esta "privatização parcial da Segurança Social", pois no Programa de Estabilidade também não está inscrito qual o custo que tais medidas podem vir a ter.
"Isto corresponde a um custo e esse custo não está no Programa de Estabilidade", frisou.
Pedro Nuno Santos insistiu ainda nas acusações de que a proposta da coligação para a Segurança Social corresponde a uma "privatização parcial", criticando o desejo de, depois de ter privatizado todas as empresas que conseguiu, PSD e CDS-PP pretenderem agora avançar para a "privatização dos serviços públicos".
A coligação PSD/CDS-PP defende a introdução, para as gerações mais novas, de um limite superior para efeitos de contribuição, que em contrapartida determinará um valor máximo para a futura pensão. Essa contribuição deve obrigatoriamente destinar-se ao sistema público e, a partir desse limite, garantir a liberdade de escolha entre o sistema público e sistemas mutualistas ou privados.
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