Secções
Entrar

Petrolífera BP anuncia que vai abandonar a russa Rosneft

27 de fevereiro de 2022 às 19:01

"O ataque da Rússia à Ucrânia é um ato de agressão que tem consequências trágicas em toda a região", disse o presidente do conselho de administração da BP, Helge Lund.

A petrolífera britânica BP anunciou este domingo que vai deixar a gigante russa Rosneft, na qual detém uma participação de 19,75%, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Num comunicado, citado pela agência France-Presse, o grupo petrolífero especificou que o diretor administrativo Bernard Looney demitiu-se do conselho de administração da Rosneft, "com efeito imediato", assim como outro diretor indicado pela BP.

"O ataque da Rússia à Ucrânia é um ato de agressão que tem consequências trágicas em toda a região", disse o presidente do conselho de administração da BP, Helge Lund.

Segundo o responsável, a "BP opera na Rússia há mais de 30 anos (...), mas esta ação militar representa uma mudança fundamental", levando "o conselho de administração da BP a concluir, após um processo minucioso, que o nosso envolvimento na Rosneft, uma empresa detida pelo estado, simplesmente não poderia continuar".

Assim como a BP, a gigante petrolífera russa Rosneft também está cotada em Londres. A presença entre os seus acionistas da BP desde 2013, que detinha a segunda maior participação a seguir ao Estado russo, foi regularmente alvo de críticas no Reino Unido.

Na sequência desta retirada, a BP indicou que o grupo faria uma provisão nas suas contas para o primeiro trimestre de 2022, que será publicada em maio.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela