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Paulo Rangel critica "complacência" Sampaio e Cavaco

10 de abril de 2015 às 17:12

O eurodeputado do PSD afirmou que o seu modelo de Presidente da República aproxima-se de Mário Soares

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel criticou esta sexta-feira a complacência de Jorge Sampaio e Cavaco Silva enquanto Presidentes da República com os governos de António Guterres e José Sócrates, defendendo o exercício do cargo "mais activo e mais interventivo".

 

No Palácio da Bolsa, no Porto, durante a conferência organizada pelo Instituto de Defesa Nacional, no âmbito do Ciclo de Conferências "Ter Estado, o social-democrata afirmou que com os actuais poderes o Presidente da República pode e deve ser "mais activo e mais interventivo", confessando que o seu modelo, num certo sentido, é o da Presidência de Mário Soares.

 

"Quem eu acho que esteve mal foi o Presidente Sampaio e em parte o Presidente Cavaco Silva, não como figuras de referência, que ambos são acima de toda a suspeita. O que eu acho é eles foram muito complacentes, no caso do Presidente Sampaio com o Governo do Eng. Guterres e no caso do Presidente Cavaco com o Governo do Eng. Sócrates", disse.

 

Na opinião de Paulo Rangel, se ambos tivessem sido mais interventivos e denunciado algumas das coisas, "nomeadamente na área do despesismo que estava em curso e de alguns abusos - coisa que não fizeram em parte porque queriam garantir a sua reeleição -" teria sido possível evitar muitos problemas que os portugueses têm.

 

"Agora vou ter uma concepção paternalista da Presidência da República: mas é um pouco como um pai e os seus filhos. Os filhos fazem asneiras. Se eu lhes dou um pequeno castigo na hora certa, eles aprendem. Se não lhes dou, eu vou ter que lhes dar uma coça mais tarde", comparou.

 

O eurodeputado do PSD recordou que, "no caso do Presidente Cavaco Silva, que a dada altura fazia elogios a ministros de Sócrates, depois faz um discurso de posse em que praticamente desfaz o Governo".

 

"Sampaio, que era o menos intervencionista dos presidentes, dissolve um parlamento com maioria absoluta", disse ainda.

 

Por tudo isto, Paulo Rangel afirmou que é importante "uma intervenção mais activa em momentos críticos, muitas vezes crítica do próprio Governo".

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