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Partidos mantêm esforço pelo voto útil na reta final da campanha

Lusa 07 de março de 2024 às 20:28

O PS apontou aos pensionistas, acenando com os tempos da "troika", e PSD apelou ao voto feminino, prometendo assegurar a igualdade de oportunidades.

Os partidos mantiveram hoje o apelo ao voto útil, com PS a apontar aos pensionistas, acenando com os tempos da "troika", e PSD a apelar ao voto feminino, prometendo assegurar a igualdade de oportunidades.

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Foto: Lusa
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No penúltimo dia de campanha para eleições legislativas antecipadas do próximo domingo, uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios aponta para uma vitória da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) com 29,3%, contra 23,3% do PS, que o líder socialista desvalorizou alegando que há uma maioria sub-representada que não aparece nas televisões nem está nas redes sociais.

À semelhança do dia anterior, a maioria dos partidos manteve os esforços concentrados no apelo ao voto útil, com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a apontar aos pensionistas e mulheres, considerando que os cidadãos têm razões para se assustarem com os "representantes da direita".

O líder socialista fez um veemente apelo aos eleitores da "imensa maioria invisível" que deu a vitória aos socialistas em 2022.

Já presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou que o programa da AD olha para as mulheres e prometeu-lhes que irá "dar passos seguros importantes" para assegurar a igualdade de oportunidades.

As caravanas daquelas duas candidaturas apostaram hoje em arruadas na mesma rua, no centro do Porto, mobilizando centenas de apoiantes.

Da parte do Chega, o presidente, André Ventura, apelou ao voto dos eleitores que até aqui votaram PS e PSD e considerou que só o seu partido representa uma mudança efetiva, enquanto o presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, considerou determinante que o seu partido esteja incluído numa "transformação real de Portugal" a partir de domingo.

Pela CDU (PCP e PEV), o secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, defendeu que um voto nesta coligação não deixa ninguém para trás, recusando que haja linhas vermelhas num eventual acordo pós-eleitoral, mas avisando que rejeitará "cheques em branco".

O ex-secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, participou na campanha do partido, na quarta-feira à noite, apelando ao povo para "trocar as voltas" aos "construtores de cenários" pós-eleitorais.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, também se dirigiu diretamente aos indecisos para assumir o compromisso de que o voto nos bloquistas será para uma maioria de esquerda que "vai transformar o país" com soluções para a habitação, saúde e salários.

A campanha de Mortágua contou também com a presença do antigo líder Francisco Louçã, que defendeu, na quarta-feira à noite, que, se houver concentração de votos no BE, "não haverá um Governo da AD com IL", apelando à responsabilidade de quem votou no PS e "sofreu com a maioria absoluta".

Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, argumentou que "dar mais um ou outro deputado ao PS ou PSD não fará qualquer diferença", enquanto Rui Tavares, do Livre, manifestou-se crente de que a esquerda "pode virar as eleições" legislativas de domingo.

O décimo segundo dia de campanha ficou ainda marcado pelo anúncio da participação do ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e da antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite na campanha da AD, na sexta-feira.

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