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Paraquedista português ferido na República Centro-Africana

31 de agosto de 2018 às 07:00

O soldado "sofreu um trauma ocular no seguimento da libertação acidental de uma peça do carregador da arma, que atingiu o militar no globo ocular esquerdo".


Um soldado paraquedista, que está integrado na força militar portuguesa ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana, ficou ferido esta quinta-feira num acidente com uma arma, divulgou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

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Foto: Getty Images
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"Durante o dia de hoje um soldado paraquedista da 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana, sofreu um trauma ocular no seguimento da libertação acidental de uma peça do carregador da arma, que atingiu o militar no globo ocular esquerdo", lê-se numa nota do EMGFA.

No comunicado é ainda referido que, "após avaliação clínica efectuada pela equipa médica da força portuguesa em estreita ligação com autoridades nacionais, foi superiormente decidido" transportar o militar para Portugal "para que possa recuperar todas a suas capacidades visuais".

O Estado-Maior-General das Forças Armadas informa também que "o militar encontra-se em observação permanente por parte da equipa médica da força e chegará amanhã [sexta-feira] a Portugal ao final da noite em voo militar da Força Aérea Portuguesa, numa aeronave Falcon".

O militar também já entrou em contacto com a família, segundo é referido na nota.

Portugal está presente no país, no quadro da missão das Nações Unidas para a República Centro-Africana (MINUSCA), com a 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta, composta por 156 militares, dos quais 153 do Exército, sendo 123 paraquedistas, e três da Força Aérea, que iniciaram a missão em 5 de Março de 2018 e têm a data prevista de finalização no início de Setembro deste ano.

Os militares que estão no terreno compõem a Força de Reacção Rápida da MINUSCA, têm a base principal na capital, junto ao aeroporto, e já estiveram envolvidos em quase duas dezenas de confrontos.

O Governo do Presidente Faustin Touadera, um antigo primeiro-ministro, que venceu as presidenciais de 2016, controla cerca de um quinto do território.

O resto é dividido por pelo menos 14 milícias, que, na sua maioria, procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

O conflito neste país, que tem o tamanho da França e uma população que é menos de metade da portuguesa (4,6 milhões), já provocou 700 mil deslocados e 570 mil refugiados e colocou 2,5 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária.

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