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Morreram mais 12 mil pessoas em Portugal durante 2020 do que entre 2015 e 2019

22 de janeiro de 2021 às 12:58

Covid-19 explica 56% do excesso de mortalidade no ano passado. E explica também um quinto das mortes na primeira semana de 2021, refere o INE.

O número de mortes em Portugal durante 2020 foi 10,6% maior em relação à média dos anteriores cinco anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que registou 123.409 óbitos, mais 12.220 do que entre 2015 e 2019.

No dia 31 de dezembro, registavam-se 6.906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.

De acordo com dados preliminares do INE, durante os primeiros dois meses do ano passado a mortalidade foi inferior ao período de referência dos cinco anos anteriores, mas depois de terem sido diagnosticados os primeiros casos de contágio pelo novo coronavírus, todos os meses aumentou a mortalidade em excesso.

Desde março até ao fim de 2020, houve 101.669 mortes em Portugal, mais 13.495 em relação à média do mesmo período medido entre 2015 e 2019.

Um quinto das mortes na primeira semana de 2021 foram atribuídas à covid-19, indica o INE, que registou 3.634 mortes no total, mais 830 do que a média do mesmo período entre 2015 e 2019.

Se durante abril de 2020 a covid-19 explica 53,9% do aumento de mortes, em meses seguintes essa percentagem desceu. Em julho, por exemplo, apenas 7,1% do número de mortes em excesso foi atribuída à doença provocada pelo SARS-CoV-2.

A partir de outubro, a percentagem das mortes em excesso explicada pela covid-19 começou novamente a aumentar, representando 44,8% em outubro, 81,5% em novembro e 97,3% em dezembro.

Durante o ano passado, mais de 70% das mortes (88.634) foram de pessoas com 75 anos ou mais, e destas, 60% de pessoas com 85 anos ou mais.

As mortes de 2020 foram 61.441 homens e 61.968 mulheres, a grande maioria das quais entre março e dezembro. Comparando com a média de 2015 e 2019, morreram mais 6.134 homens e 7.362 mulheres em 2020.

Um terço das mortes verificou-se na região Norte (32,4%), enquanto 25,2% aconteceu na Área Metropolitana de Lisboa, 24,5% no Centro, 9,1% no Alentejo, 4,4% no Algarve, 2,2% na Madeira e 02% nos Açores.

Os maiores aumentos de mortalidade aconteceram na região Norte (mais 16,2%), Área Metropolitana de Lisboa (12%) e Centro *7,8%.

O maior aumento de mortes aconteceu fora de estabelecimentos hospitalares, com 16,5% a mais do que a média 2015/2019.

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