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Ministro solidário com preocupações dos ativistas, mas critica encerramento de escolas

Lusa 02 de maio de 2023 às 15:15

Centenas de ativistas fecharam hoje a escola António Arroio, em Lisboa, dando início a uma nova ocupação naquele estabelecimento de ensino em protesto pelo clima.

O ministro da Educação manifestou-se hoje solidário com as preocupações dos ativistas climáticos, que iniciaram hoje novas ocupações pelo fim dos combustíveis fósseis, mas alertou que "fechar escolas é negar o acesso ao conhecimento".

Filipe Amorim/Lusa

Várias centenas de ativistas fecharam hoje a escola António Arroio, em Lisboa, dando início a uma nova ocupação naquele estabelecimento de ensino em protesto pelo clima, numa iniciativa do movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!".

O protesto repete-se noutros estabelecimentos, sobretudo de ensino superior, mas também no Liceu Camões, em Lisboa. A escola António Arroio foi a única a encerrar.

"Fico contente por ver os nossos jovens preocupados com as questões climáticas", começou por dizer o ministro da Educação, em declarações aos jornalistas, à margem de um evento sobre o portal InfoEscolas e o "contributo dos dados para o conhecimento da realidade do sistema educativo, no Teatro Thalia, em Lisboa.

No entanto, João Costa lamentou o encerramento de estabelecimentos de ensino na sequência dos protestos, sublinhando que "é nas escolas, no sistema educativo, no sistema básico e secundário, que os jovens mais estão a aprender sobre as questões das alterações climáticas".

"Fechar escolas é negar o acesso ao conhecimento para uma intervenção mais consciente no futuro", acrescentou, defendendo que "as formas de participação democrática são sempre mais interessantes do que o encerramento de serviços públicos".

As ocupações pelo fim da exploração de combustíveis fósseis, à semelhança do que os jovens já tinham feito em novembro, foram retomadas na quarta-feira em escolas de Lisboa e do Algarve.

Exigindo o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, os jovens dizem que só param quando tiverem 1.500 pessoas dispostas a participar numa ação contra o gás natural marcada para dia 13 no porto de Sines.

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