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Mais de metade das crianças entre os 8 e 12 anos sujeitas a ameaças online

07 de fevereiro de 2018 às 19:51

As crianças passam, em média, 32 horas semanais sozinhas em frente a monitores e dispositivos, mais tempo do que passam na escola.

Mais de metade das crianças no mundo entre os 8 e os 12 anos estão sujeitas a ameaças quando utilizam plataformas digitais, refere um estudo publicado hoje que analisou os hábitos de 34 mil crianças em 29 países.

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Foto: Getty Images
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O estudo, elaborado pelo Instituto DQ em parceria com o Fórum Económico Mundial, refere que as crianças passam, em média, 32 horas semanais sozinhas em frente a monitores e dispositivos, mais tempo do que passam na escola.

Os resultados confirmam uma associação entre o tempo gasto em frente a um monitor e a exposição a crimes cibernéticos, ao vício em videojogos e a comportamentos sexuais online.

De acordo com o documento, 56% das crianças entre 8 e 12 anos estão expostas a pelo menos uma ameaça ligada à Internet ao usar plataformas digitais. Os dados indicam ainda que 47% das crianças da amostra foram vítimas de 'ciberbullying' em 2017.

De acordo com o estudo, nas economias emergentes, as ameaças cibernéticas são mais difundidas e os riscos são 33% maiores, em grande parte devido à rápida adopção de tecnologia móvel e plataformas digitais sem que as crianças tenham recebido formação adequada.

Os autores do relatório sublinharam a necessidade de "acções concretas dos governos, da indústria e da sociedade civil para ajudar os pais a combater as ameaças enfrentadas pelos mais jovens na Internet".

"Os jovens são uma parte importante da sociedade informada, eles serão os eleitores do futuro e os nossos futuros líderes, por isso deve ser uma prioridade garantir que estão bem equipados para enfrentar os desafios de uma vida híper conectada", afirmou a directora-geral do Fórum Económico Mundial, Cheryl Martin.

Para o fundador e director executivo do Instituto DQ, Yuhyun Park, "desde uma idade precoce, as crianças usam redes sociais excessivamente através dos telemóveis".

"Precisamos trabalhar em conjunto para ajudar nossos filhos a superar riscos cibernéticos e tornar-se cidadãos digitais bem-sucedidos e responsáveis, que maximizem o seu potencial e minimizem essas ameaças", disse Park.

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