Secções
Entrar

MAI considera que "Europa tem de gerir fluxos migratórios"

31 de maio de 2017 às 18:54

A ministra da Administração Interna quer que a Europa deixe de adoptar medidas reactivas com "efeitos pouco eficazes" para as crises migratórias

A ministra da Administração Interna disse hoje que os países europeus têm de saber fazer a gestão dos fluxos migratórios, em vez de tomarem medidas reactivas com "efeitos pouco eficazes" para as crises migratórias.

"A Europa tem de apostar fortemente em políticas que no fundo influenciem as causas remotas e isso passa pela política externa, de defesa mas também pela política comercial e política agrícola comum" disse Constança Urbano de Sousa nas Conferências do Estoril, no painel sobre a crise na Europa e as migrações.

Para a ministra da Administração Interna, a Europa tem "o dever jurídico, moral e civilizacional de proteger pessoas que carecem de protecção internacional", sendo necessário um maior investimento em políticas de integração.

"O fenómeno migratório é transformador da sociedade e gera crises, tensões. Se quisermos preservar a paz e a coesão social temos de investir mais nas sociedades europeias na integração desses imigrantes na sociedade de acolhimento, prepará-la para algo que é inevitável na próxima década, que são fluxos migratórios", acrescentou.

Na opinião da ministra portuguesa, a Europa tem de gerir fluxos migratórios.

"Em vez de agir proactivamente, a Europa tem de gerir fluxos, algo inevitável por causa do seu declínio demográfico e da situação crescente conflitos em todo o mundo", frisou a ministra, lembrando que as causas da migração são sempre a miséria, o desrespeito pelos direitos humanos e os conflitos.

Constança Urbano de Sousa defende que para ultrapassar a crise migratória, a Europa tem de internamente resolver as suas desigualdades, lembrando que o milhão de refugiados sírios que fugiram para a Europa está protegido apenas na Alemanha e na Suécia.

"A Europa tem de ter medidas equitativas de partilha da responsabilidade porque é comum a qualquer Estado civilizado oferecer protecção internacional a qualquer ser humano que dela necessite", observou.

Concordando que os países europeus têm de proteger as suas fronteiras e têm de combater as redes de tráfico de seres humanos, a governante garantiu que nada, nem ninguém detém as pessoas que estão em fuga para salvar a sua vida, lembrando que nos últimos anos chegaram à Europa um milhão de refugiados.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela