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Líbano ficou este sábado sem abastecimento de eletricidade através da rede pública

09 de outubro de 2021 às 18:14

O Líbano enfrenta uma das piores crises económicas em mais de um século e meio, que se repercute em graves carências de bens e serviços básicos como medicamentos, material médico, combustível, eletricidade e água corrente.

O Líbano ficou este sábado sem abastecimento público de eletricidade depois de duas centrais elétricas terem deixado de funcionar nas últimas 24 horas por falta de combustível, interrompendo um serviço que se reduzia já a uma ou duas horas.

A cessação das operações nas fábricas Deir Amar (norte do Líbano) e Zahrani (sul) reduziu o fornecimento para menos de 270 megawatts e, como resultado, a "totalidade" da rede deixou de funcionar, anunciou a empresa estatal de eletricidade, Electricité du Liban (EDL), citada pela Agência Nacional de Notícias do Líbano.

Durante vários meses, o fornecimento público de eletricidade foi fortemente limitado, deixando a população dependente de geradores privados, também alimentados a combustível e cujo preço disparou devido à sua falta generalizada.

A EDL explicou que, "neste momento", não pode fazer nada para voltar a colocar a rede em funcionamento devido a "condições de funcionamento difíceis", "baixa capacidade de produção" e "existência de importantes estações de transferência fora do controlo da instituição".

A empresa está a considerar adquirir uma quantidade limitada de combustível que lhe permita aumentar o abastecimento para 500 megawatts e restabelecer o fluxo na rede elétrica durante alguns dias, de acordo com a agência libanesa de notícias.

Está previsto que um carregamento de fuelóleo chegue ao Líbano esta noite, mas a carga só será totalmente descarregado no início da próxima semana e as autoridades aguardam a aprovação de um laboratório dos Emirados para determinar a sua aptidão para utilização.

O Líbano deverá ainda receber um novo carregamento de fuelóleo pesado até ao final do mês como parte de um acordo com o Iraque que consiste na troca de um milhão de toneladas de fuelóleo pesado por ano em troca de serviços, anunciou a EDL.

O Líbano enfrenta uma das piores crises económicas em mais de um século e meio, que se repercute em graves carências de bens e serviços básicos como medicamentos, material médico, combustível, eletricidade e água corrente.

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