Itália deteve somalis acusados sequestrar migrantes
As autoridades italianas detiveram 13 somalis acusados de fazer parte de uma rede que sequestrava os migrantes quando chegavam à ilha da Sicília
Uma investigação de oito meses na Catânia, no leste da Sicília, expôs uma organização criminosa que ia aos centros de acolhimento buscar somalis que tivessem acabado de chegar à ilha depois de terem sido resgatados no mar, anunciou hoje a polícia italiana, citada pela agência France-Presse.
Os migrantes, muitos extorquidos de forma similar ao sair da Líbia antes de proceder à perigosa travessia do mar, eram feitos reféns em apartamentos até que a família ou amigos pagassem pelas suas libertações e para o resto da viagem na Itália ou no resto da Europa.
As autoridades revelaram ter intervindo várias vezes durante a investigação para libertar os somalis sequestrados, entre os quais menores.
Segundo o último balanço do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, os somalis representam 9 por cento dos mais de 31.000 migrantes que chegaram à Itália este ano.
A comunidade somali raramente pede asilo na Itália e quase todos procuram seguir para a Europa do norte.
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