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Greenpeace protesta contra Trump: "Resistam"

25 de janeiro de 2017 às 17:09

Sete activistas penduraram-se numa grua num canteiro de obras na baixa de Washington e penduraram uma faixa visível a partir da residência oficial do presidente dos EUA

Um grupo de activistas da organização ambientalista Greenpeace desfraldou uma enorme faixa com a palavra "Resist" (Resista ou Resistam) numa grua a poucos quarteirões da Casa Branca, em Washington, em protesto contra a nova administração de Donald Trump.

A organização internacional de defesa do ambiente indicou na sua página na rede social Facebook que a acção visou alertar para o considera ser o "negacionismo [quanto às alterações climáticas, o racismo, a misoginia, a homofobia e a intolerância] de Donald Trump.

Sete activistas penduraram-se numa das gruas num canteiro de obras na baixa de Washington e penduraram uma faixa, com 20 por 10 metros e a palavra "Resist" escrita a vermelho num fundo amarelo, visível a partir da residência oficial do presidente dos EUA, a Casa Branca.

"As pessoas deste país estão prontas para resistir e para se erguer de uma forma como nunca o fizeram antes", disse Karen Topakian, membro da direcção da Greenpeace.

Pearl from the top of the crane in RESISTANCE to racism, misogyny, homophobia, and bigotry! #ResistOften https://t.co/QwMxdp2B1H




A mesma responsável acrescentou que sente medo do "desdém e desrespeito de Trump pelas instituições democráticas" dos EUA. Mas também se afirmou "inspirada pelo movimento de progresso que está a crescer em todos os Estados". "A Greenpeace usa a não-violência para resistir a rufias tirânicos desde 1971, e não é agora que vamos parar", acrescentou Topakian.

Uma das activistas que desfraldou a faixa, Pearl Robinson, declarou que "o sol nasceu esta manhã para uma nova América, mas não para a América de Trump". "Não tenho receio apenas das políticas desta administração que está a entrar, mas também das pessoas que se sentem motivadas por esta eleição a cometer actos de violência e de ódio. É tempo de resistir", disse Robinson.

O capitão Robert Glover, da Polícia Metropolitana de Washington, disse à imprensa que as forças de segurança foram chamadas a um local de construção na baixa da capital norte-americana, onde estão duas gruas, no cruzamento da 15ª rua com a rua L.

Quando chegaram ao local, os agentes detectaram três manifestantes já presos por cordas à grua - que tem 82 metros de altura, o correspondente a cerca de 24 andares. Outras quatro pessoas conseguiram subir à grua. Os manifestantes disseram aos agentes da polícia que estavam envolvidos num protesto ao abrigo da Primeira Emenda (que, entre outros direitos, consagra o direito à liberdade de expressão).

300 feet above the #WhiteHouse @greenpeaceusa activists have deployed a hand painted love letter to the people #lookup #resist #resistoften pic.twitter.com/XAP20AAMia




O protesto surge um dia depois de o novo presidente dos EUA, Donald Trump, ter adiado a aplicação de pelo menos 30 novas regras ambientais e ter avançado com a construção de dois oleodutos polémicos em território norte-americano. Trump disse também na terça-feira - a vários fabricantes de automóveis - que vai reduzir as normas sobre meio ambiente para atrair e facilitar o regresso de fábricas aos EUA.

A nova administração na Casa Branca também congelou novos contratos e atribuição de bolsas da Agência de Protecção do Ambiente norte-americana.

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