Secções
Entrar

Governo vai alterar estatutos remuneratório e militar da GNR

Lusa 06 de janeiro de 2025 às 14:53

"O principal objetivo destas reuniões é a revisão do estatuto remuneratório, mas a ministra quer rever as carreiras na sua totalidade e para isso tem de rever o estatuto dos militares da Guarda", anunciou dirigente sindical.

O Governo vai alterar o regime remuneratório dos elementos da GNR e "rever as carreiras na totalidade", sendo para tal necessário rever o estatuto militar, disse hoje o presidente da Associações dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).

Em declarações à Lusa no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna, César Nogueira afirmou que inicialmente estava apenas prevista a negociação do regime remuneratório, mas Margarida Blasco indicou que quer também "mexer nas carreiras" e, para tal, terá de se alterar o estatuto dos militares da Guarda Nacional Republicana.

"O principal objetivo destas reuniões é a revisão do estatuto remuneratório, mas a ministra quer rever as carreiras na sua totalidade e para isso tem de rever o estatuto dos militares da Guarda".

O Ministério da Administração Interna (MAI) inicia hoje novas negociações com os sindicatos da PSP e associações da GNR, para discutir tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.

Esta nova ronda negocial ficou prevista no acordo assinado em julho de 2024 e que estabeleceu o aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026.

A APG foi a primeira associação socioprofissional a ser recebida por Margarida Blasco e as reuniões de hoje são com as duas associações da Guarda Nacional Republicana e com os três sindicatos da Polícia de Segurança Pública que assinaram o acordo.

César Nogueira destacou ainda a necessidade de rever o regime remuneratório dos militares da GNR, sublinhando que já "não é revisto há 15 anos".

"Esta primeira reunião foi para agendar as próximas e falar daquilo que a ministra pretende negociar", precisou o presidente da APG, dando conta que ficaram marcadas mais três reuniões com a própria ministra para os dias 28 de janeiro, 24 fevereiro e 26 março.

César Nogueira recordou que já entregou ao MAI a proposta de alteração do estatuto profissional da Guarda.

O presidente da associação mais representativa da GNR disse ainda que a ministra entregou dois despachos sobre a saúde mental. Segundo estes despachos, os militares da GNR podem de forma sigilosa procurar ajuda psicológica em qualquer Unidade Local de Saúde.

César Nogueira afirmou que a AGP defende um reforço dos centros clínicos da GNR com psicólogos e psiquiatras.

"No mínimo devia existir um psicologo e um psiquiatra em cada comando territorial da GNR", disse.

Durante a manhã, a ministra Margarida Blasco recebeu também os dirigentes da Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e, à tarde, será a vez do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefe da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela