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Federação Nacional dos Médicos marca greve nacional para 8 e 9 de março

Lusa 01 de fevereiro de 2023 às 17:44

Greve é uma "resposta à falta de compromisso, por parte do Ministério da Saúde, em negociar as grelhas salariais e na falta de medidas para salvar o Serviço Nacional de Saúde" (SNS), adianta a FNAM.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) anunciou esta quarta-feira uma greve nacional para 8 e 9 de março, alegando a "falta de medidas" para o Serviço Nacional de Saúde, mas o Governo garante que está empenhado nas negociações previstas até junho.

Lusa

"A FNAM agendou uma greve nacional de médicos para os dias 8 e 9 de março, em resposta à falta de compromisso, por parte do Ministério da Saúde, em negociar as grelhas salariais e na falta de medidas para salvar o Serviço Nacional de Saúde" (SNS), adianta a estrutura sindical em comunicado.

Esta decisão foi anunciada após a reunião de hoje dos sindicatos com o ministério, no âmbito das negociações que estão a decorrer há várias meses sobre matérias como as normas de organização e disciplina no trabalho, a valorização dos médicos nos serviços de urgência, a dedicação plena prevista no novo Estatuto do SNS e a revisão das grelhas salariais.

Segundo a federação, as negociações com o Ministério da Saúde têm "sido prolongadas no tempo, a um ritmo demasiado lento, onde se acumulam os pedidos de adiamento de reuniões e escasseiam as propostas por parte da tutela".

"Por outro lado, os sindicatos médicos têm feito o seu trabalho de forma responsável, cumprindo prazos e apresentado as suas propostas", adiantou a FNAM, ao lamentar que o ministério de Manuel Pizarro apresente "medidas paliativas, através da recém-criada direção executiva do SNS, à revelia das negociações com os sindicatos".

De acordo com estrutura sindical, os médicos chegaram a "uma situação insustentável", uma vez que "estão exaustos e desmotivados face à falta de resposta do Governo, à situação difícil do SNS e ao cansaço acumulado durante a pandemia de covid-19.

Em comunicado, o Ministério da Saúde assegurou que está a negociar de "boa-fé com todos os grupos profissionais" do setor e que, no caso dos médicos, estão a decorrer negociações de acordo com uma "ampla agenda que foi acordada pelas partes envolvidas e que está calendarizada até junho próximo".

"Neste contexto, o Ministério da Saúde continua empenhado no diálogo e na procura de consensos dentro de um calendário que o Governo e os sindicatos estabeleceram de comum acordo", salientou ainda o comunicado, ao avançar que a próxima reunião, a sexta no âmbito deste processo negocial, está agendada para 8 de fevereiro.

Estas negociações tiveram o seu início formal já com a equipa do ministro Manuel Pizarro, mas a definição das matérias a negociar foram acordadas ainda com a anterior ministra, Marta Temido, que aceitou incluir a grelha salarial dos médicos do SNS no protocolo negocial.

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