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Donald Trump considera demitir procurador-geral

03 de novembro de 2017 às 16:58

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se hoje "desapontado" com o Departamento de Justiça e não descartou a possibilidade de demitir o procurador-geral se este não abrir uma investigação ao Partido Democrata

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se hoje "desapontado" com o Departamento de Justiça e não descarta a possibilidade de demitir o procurador-geral Jeff Sessions se este não abrir uma investigação ao Partido Democrata.

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Foto: Win McNamee/Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Andrew Harrer/Bloomberg via Getty Images

"Honestamente, deveriam estar a olhar para os democratas", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, antes de partir para uma viagem de 12 dias ao continente asiático.

Trump volta a atacar Hillary Clinton
Os comentários surgem após o Presidente norte-americano ter lançado hoje de manhã, através da rede social Twitter, um ataque contra a sua adversária na campanha presidencial de 2016, Hillary Clinton, e o Comité Nacional Democrata (DNC, sigla em inglês).

"A trapaceira Hillary (Clinton) comprou o DNC e depois roubou as (eleições) primárias dos Democratas do louco Bernie (Sanders)!", escreveu Trump, acrescentando que esta é a "real história sobre o conluio".

Questionado se despediria Sessions se o Departamento de Justiça não concentrasse os seus poderes de investigação nos Democratas, Trump respondeu que não sabia.

"Muitas pessoas estão desapontadas com o Departamento de Justiça, incluindo eu", sublinhou o Presidente norte-americano.

Hoje, mais cedo, Trump disse que o povo norte-americano "merecia" ver uma investigação federal sobre Hillary Clinton e o DNC sobre um acordo conjunto de angariação de fundos assinado em Agosto de 2015.

Livro acusa Clinton de acordo pouco ético
A acusação de Trump baseia-se na publicação do órgão de comunicação norte-americano Politico, sobre um trecho do livro da ex-presidente do DNC, Donna Brazile.

A ex-presidente do DNC alegou que encontrou "provas" de que as eleições primárias dos Democratas de 2016 foram manipuladas a favor de Clinton. Brazile declarou acreditar que nenhuma lei foi violada, mas que o acordo de financiamento "não lhe pareceu ético".

No final de quinta-feira, Trump divulgou no Twitter, sem evidências, que acreditava que os democratas haviam agido "ilegalmente".

Nos 'tweets' de hoje, Trump destacou as críticas ao DNC da senadora de Massachusetts, Elizabeth Warren, a quem chamou de "Pocahontas" e instou as autoridades federais a lançarem uma investigação.

"Vamos lá FBI (Escritório Federal de Investigação) e Departamento de Justiça", escreveu Trump na rede social.

O acordo de angariação de fundos, assinado em Agosto de 2015 durante o processo das eleições primárias, de acordo com Brazile, foi pouco habitual e deu à campanha de Clinton alguma influência sobre as decisões do DNC.

Meses depois, o principal rival de Hillary Clinton nas eleições primárias dos Democratas em 2016, o senador independente Bernie Sanders, assinou o seu próprio acordo com o Partido Democrata.

Trump tenta desviar atenção de investigação à Rússia 
Trump e sua campanha presidencial são objectos de uma vasta investigação por parte do ex-director do FBI e actual procurador especial Robert Mueller, sob a supervisão do Departamento de Justiça.

A Casa Branca já tentou tirar o foco desta investigação, que se centra no alegado conluio entre a campanha de Trump e o Governo russo, e passá-lo para Hillary Clinton e a sua campanha presidencial.

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