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Covid-19: Garcia de Orta ultrapassa os 200 doentes com taxa de ocupação de 250%

23 de janeiro de 2021 às 19:41

Face à atual situação, o hospital apelou à população dos concelhos de Almada e Seixal para que, em caso de doença, recorra em primeiro lugar ao seu médico de família do centro de saúde.

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, ultrapassou hoje os 200 doentes de covid-19, uma taxa de ocupação superior a 250% face à disponibilidade prevista no seu plano de contingência para responder à pandemia.

"O HGO permanece no nível III do seu plano de contingência, apresentando à data de hoje uma taxa de ocupação superior a 250% relativamente ao que previa o plano de contingência, nomeadamente de 66 camas em enfermaria e nove de cuidados intensivos", adiantou o hospital do distrito de Setúbal.

Em comunicado, o HGO avançou que tem hoje 201 doentes positivos de covid-19, dos quais 175 estão internados em enfermaria, 18 em unidade de cuidados intensivos e oito em unidade de hospitalização domiciliária.

O hospital está a "ajustar a lotação afeta à covid-19" de modo a "acomodar a necessidade do número de doentes internados positivos por infeção por SARS-CoV-2", refere a unidade de saúde, que serve uma população de cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.

No âmbito da articulação permanente com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o HGO continua também a "transferir doentes mediante disponibilidade de vagas comunicadas" pela organismo regional.

Face à atual situação, o HGO, um dos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo com maior número de doentes covid internados em enfermaria e em cuidados intensivos, apelou ainda à população dos concelhos de Almada e Seixal para que, em caso de doença, recorra em primeiro lugar ao seu médico de família do centro de saúde.

"Em caso de sinais e sintomas compatíveis com doença respiratória, a população deve dirigir-se primeiro às áreas dedicadas para doentes respiratórios dos centros de saúde, reservando as situações mais complexas, graves, agudas e urgentes para serem assistidas no hospital", salientou.

O hospital adiantou também que continua a trabalhar para, no final do mês, expandir a área dedicada ao atendimento de doentes respiratórios do Serviço de Urgência Geral, aumentar a capacidade dos cuidados intensivos e abrir uma nova enfermaria, em estrutura modular, mediante disponibilidade de recursos humanos.

Portugal registou hoje 274 mortes relacionadas com a covid-19, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia, e 15.333 casos de infeção com o novo coronavírus, também um novo máximo diário, segundo a Direção-Geral da Saúde.

O anterior máximo diário de casos de infeção tinha sido registado a 20 de janeiro (14.647) e Portugal ultrapassou hoje a barreira dos 10 mil mortos desde o início da pandemia, em março do ano passado.

O boletim epidemiológico de hoje revela também que estão internadas 5.922 pessoas, mais 143 do que na sexta-feira, das quais 720 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais cinco.

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