Conselho de Finanças Públicas sem "ferramentas" para avaliar programas políticos
Teodora Cardoso diz que CFP não conseguirá analisar o cenário macroeconómico do PS por não possuir métodos adequados para o fazer
A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, afirmou esta segunda-feira que a entidade não tem mandato, nem "ferramentas adequadas", para avaliar programas políticos, não podendo assim analisar o cenário macroeconómico apresentado pelo PS.
"Para alguma instituição poder desempenhar na sociedade portuguesa um papel que nele se inspire na avaliação dos programas políticos, falta-lhe ainda construir uma panóplia de ferramentas adequadas", afirma Teodora Cardoso numa nota sobre a avaliação dos impactos de programas de política económica, hoje divulgada.
A economista sublinha que a análise de programas eleitorais "não faz parte das atribuições dos conselhos de finanças públicas e é apenas desempenhada, em parte e/ou em condições específicas que adiante se descrevem, por instituições independentes, públicas ou privadas, cuja criação e mandato antecederam em muito a noção de "fiscal council" [conselho de finanças públicas]".
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