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Conselho de Administração do Hospital de São João apresenta demissão

20 de dezembro de 2021 às 17:52

Marta Temido deslocou-se ao início desta tarde ao Centro Hospitalar Universitário de São João, na sequência do incêndio que deflagrou no domingo no serviço de pneumologia. 

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Fernando Araújo, afirmou esta segunda-feira ter apresentado o pedido de demissão à ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência do incêndio que deflagrou no domingo.

"O Conselho de Administração do CHUSJ apresentou à senhora ministra da Saúde o pedido de demissão. O Conselho de Administração do CHUSJ permanecerá em funções até à decisão da senhora ministra da saúde", afirmou Fernando Araújo, em declarações aos jornalistas.

O gabinete de comunicação do Ministério da Saúde referiu que Marta Temido deslocou-se ao início desta tarde ao Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), na sequência do incêndio que deflagrou no domingo no serviço de pneumologia. 

"A ministra da Saúde lamenta profundamente a morte registada e endereça sentidas condolências aos familiares das vítimas e deseja uma rápida recuperação a todos os feridos", refere.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já revelou que instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades no incêndio ocorrido no domingo no Hospital São João, que causou um morto e quatro feridos graves.

A IGAS adianta em comunicado que o processo de inquérito ao Centro Hospitalar Universitário de São João vai ser conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte.

Fonte da Polícia Judiciaria (PJ) disse hoje à Lusa estar a ser investigado o incêndio que deflagrou, no domingo, no Hospital de São João, causando um morto e quatro feridos graves.

Segundo a mesma fonte, "a PJ foi chamada a investigar as circunstâncias" do incêndio que, pelas 17h40 de domingo, atingiu o piso 9 do Hospital de São João, onde está o serviço de Pneumologia, e que obrigou à retirada de doentes.

Vários órgãos de comunicação social noticiam hoje que o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro no quarto, quando se encontrava a receber oxigénio.

Em comunicado divulgado no domingo, o CHUSJ diz que o incêndio, "de elevada complexidade", foi dado como extinto às 19:00, dando conta da existência de "uma vítima mortal a lamentar, [de] quatro feridos graves" e de "cinco profissionais afetados", que receberam assistência no serviço de urgência.

"As causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno", refere o CHUSJ, acrescentando que "o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros".

O CHUSJ sublinha ainda que o hospital está a "prestar informação e apoio psicológico às famílias das vítimas e aos profissionais", tendo apresentado "os mais sentidos pêsames à família da vítima mortal".

Uma nota publicada na noite de domingo na página oficial da Presidência da República refere que Marcelo Rebelo de Soua contactou o presidente do conselho de administração do Hospital de São João, na sequência do incêndio, exprimindo solidariedade com todos os envolvidos.

"O Presidente da República falou esta noite com o Prof. Doutor Fernando Araújo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, para se inteirar do incêndio desta tarde, que causou quatro vítimas, uma das quais entretanto falecida, e exprimir solidariedade com todos os afetados e respetivas famílias, mas também com os profissionais daquela unidade de saúde", lê-se no comunicado.

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