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Caxias: decisão sobre continuar buscas será tomada hoje

18 de fevereiro de 2016 às 11:01

O corpo da criança desaparecida já poderá estar no mar, admite comandante da Capitania do Porto de Lisboa

O corpo da criança desaparecida na segunda-feira no estuário do Tejo, junto à praia de Caxias, em Oeiras, já poderá estar no mar, admitiu à Lusa o comandante Malaquias Domingues, adiantando que as buscas foram retomadas às 7h30 de hoje.

"[O corpo] Se se afastou da margem, há possibilidade de ter entrado na corrente principal do rio e ter entrado pelo mar. Não descarto nenhuma possibilidade", explicou à Lusa o comandante Malaquias Domingues, da Capitania do Porto de Lisboa.

O alerta para o desaparecimento das duas crianças -- a mais nova de 19 meses - foi dado por uma testemunha que viu, na segunda-feira à noite, uma mulher sair do rio, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.

A criança de 19 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, mas sem sucesso, enquanto a de quatro anos ainda se encontra desaparecida.

Malaquias Domingues frisou que hoje "não será o último dia de buscas", acrescentando que ao final do dia, depois de passarem 72 horas sobre os acontecimentos, irá fazer uma reavaliação do dispositivo e das áreas das buscas.

"Eventualmente, alterarei a minha estratégia, mas é uma decisão que só tomarei ao fim do dia", assegurou.

A mãe das crianças, suspeita do homicídio das duas filhas na praia de Caxias, ficou na quarta-feira em prisão preventiva após primeiro interrogatório judicial, determinado pelo Tribunal de Cascais.

A detida, que esteve internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, foi ouvida entre as 17h30 e perto das 20 horas no Tribunal de Cascais, concelho vizinho ao de Oeiras.

Apesar de uma das crianças ainda não ter sido encontrada, o tribunal assumiu que a arguida deverá também responder pelo crime de homicídio qualificado dessa filha.

Em declarações à agência Lusa, fonte da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco da Amadora adiantou, na terça-feira, que a família estava sinalizada e que a mulher já tinha apresentado queixa em Novembro na polícia por violência doméstica e suspeita de abusos sobre as meninas por parte do pai.

O homem já recusou publicamente as acusações.

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