Secções
Entrar

Brexit: Parlamento britânico aprova estratégia para continuar negociações e poupa May a nova derrota

27 de fevereiro de 2019 às 20:25

O executivo tinha apresentado o plano de continuar negociações com Bruxelas que permitam ao Reino Unido sair da União Europeia com um acordo.

O governo britânico escapou esta quarta-feira a uma derrota à estratégia para a saída do Reino Unido da UE, que foi hoje aprovada sem oposição graças à garantia de que dará aos deputados uma oportunidade para adiar o Brexit.

O executivo tinha apresentado o plano de continuar negociações com Bruxelas que permitam ao Reino Unido sair da União Europeia (UE) com um acordo, o qual prometeu submeter no máximo até 12 de março.

Concomitantemente, perante a hipótese de ser novamente chumbado, adiantou que realizaria um voto perguntando aos deputados se autorizariam uma saída sem acordo, ou, caso contrário, apresentaria a opção de pedir à UE o prolongamento das negociações para além de 29 de março.

Este calendário destinou-se a esvaziar uma potencial proposta da deputada trabalhista Yvette Cooper, que, mesmo assim, apresentou uma emenda pedindo que os compromissos do governo ficassem corroborados.

A proposta passou por 502 votos a favor e 20 contra.

Uma proposta do partido Trabalhista que instruía o governo para negociar mudanças na declaração política para criar no futuro uma "união aduaneira permanente e abrangente" com a UE foi rejeitada por 323 votos contra e 240 a favor, uma margem de 83 votos.

Chumbado o plano alternativo do principal partido da oposição, a posição do Labour é agora propor ou apoiar propostas que ofereçam ao povo britânico uma opção de saída credível subscrita por esta Câmara [dos Comuns] ou a opção de ficar na UE.

Apesar do apoio do partido Trabalhista, a proposta do Partido Nacionalista Escocês (SNP), juntamente com outros deputados da oposição, determinando que o Reino Unido não saia da UE sem um acordo "em quaisquer circunstâncias" foi rejeitada por 324 votos contra e 288 a favor, uma margem de 36 votos.

O principal risco de derrota para o governo estava na proposta do deputado conservador Alberto Costa, que propunha que o capítulo dos direitos dos cidadãos do acordo de saída deva ser negociado com Bruxelas e implementado, independentemente de existir um Brexit com ou sem acordo.

Perante o amplo apoio transversal no partido conservador e oposição e de eurocéticos e pró-europeus, o governo acabou aceitar as condições, tendo o ministro para o Brexit, Stephen Barclay, assegurado na declaração de encerramento do debate que o governo faria esta intervenção se o acordo inteiro não for aprovado pelo parlamento.

O resultado foi a aprovação desta proposta sem a necessidade de contar votos, ao contrário do que aconteceu com as restantes propostas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela