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Bolt 100 metros mais perto da imortalidade

15 de agosto de 2016 às 08:57

"Alguém disse que posso tornar-me imortal. Mais duas medalhas e posso assinar por baixo. Imortal", disse Bolt após a terceira medalha de ouro consecutivo no hectómetro. O objectivo esta traçado: alcançar o "tri" nos 200 metros e nos 4x100 metros pela Jamaica

O jamaicano Usain Bolt reforçou no domingo o seu lugar na história dos Jogos Olímpicos, conquistando pela terceira vez a medalha de ouro nos 100 metros na final do Rio2016, um feito que ainda ninguém tinha conseguido.

 

Até hoje, apenas dois atletas tinham conseguido repetir o triunfo dos 100 metros em finais dos Jogos - o próprio Bolt e o norte-americano Carl Lewis. Agora, o jamaicano fica sozinho no topo da modalidade, com uma sequência de vitórias (Pequim2008, Londres2012 e Rio2016) que parece praticamente impossível de superar.


Como tem sido timbre nos últimos anos,
Bolt "escondeu-se" ao longo da época, para aparecer fulgurante a meio de agosto, com um melhor registo do ano, a 9,81 segundos, numa vitória que só se desenhou na segunda parte do hectómetro.

 

Com efeito, o norte-americano Justin Gatlin partiu melhor e chegou a dar a sensação de que ia ganhar, mas depois viu o "raio" passar e ficou em segundo, com 9,89, à frente do canadiano Andre de Grasse (9,91).

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Uma das primeiras coisas que Bolt fez depois de ganhar foi procurar, já na zona mista, Wayde van Niekert para o felicitar pela "marca canhão" de 43,03 segundos nos 400 metros. Apesar de mais novo, com 24 anos, o sul-africano cruzou-se várias vezes com Bolt nos 200 metros, prova em que ambos são também corredores de topo. A uni-los, o curioso facto de terem retirado da lista de recordes o lendário norte-americano Michael Johnson - Bolt fê-lo nos 200 metros, nos anteriores Jogos Olímpicos.

 

"Alguém disse que posso tornar-me imortal. Mais duas medalhas e posso assinar por baixo. Imortal", disse Bolt, que aos 29 anos procura igualmente o "tri" nos 200 metros e nos 4x100 metros pela Jamaica.

"Foi brilhante. Não fui tao rápido (como o recorde mundial de 9,58), mas estou muito contente por ter vencido. Disse-vos que ia consegui-lo", completou.

 

Campeão em Atenas2004, Justin Gatlin, que pretendia ser o mais velho campeão olímpico dos 100 metros, manifestou-se satisfeito pelo que conseguiu.

 

"Trabalhamos 365 dias por ano para estar aqui nove segundos. Com 34 anos, correr contra estes jovens e ainda assim ir ao pódio é uma boa sensação. Esta medalha é para o meu filho. Se estiveres a ver, amo-te, filho", disse.

 

Gatlin, que foi suspenso por duas vezes por questões de doping, foi assobiado ao entrar na pista para a final.

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