Secções
Entrar

Autárquicas: PAN diz que alterações climáticas não se resolvem com aumento da energia

18 de setembro de 2021 às 15:47

Inês de Sousa Real insistiu na importância da automatização energética, destacando a necessidade de se criarem comunidade energéticas assentes nos painéis fotovoltaicos.

A porta-voz do PAN considerou este sábado que não é pelo aumento da fatura da eletricidade que se combatem as alterações climáticas, defendendo a automatização energética e o alargamento da tarifa social de energia.

"Para já, aquilo que defendemos e que efetivamente se deve pugnar é pelo não aumento da eletricidade, ou seja, não é por essa via que se vai combater as alterações climáticas", considerou Inês de Sousa Real, depois de uma manhã dedicada a visitar um mercado biológico, um parque de matilhas e uma associação de recolha de animais em Matosinhos, no distrito do Porto.

Em declarações aos jornalistas, a porta-vos do PAN foi questionada sobre o anúncio feito na quarta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) de que o preço da eletricidade vai voltar a aumentar, a partir de 01 de outubro, em 1,05 euros por mês para a maioria dos clientes doméstico do mercado regulado.

Inês de Sousa Real insistiu na importância da automatização energética, destacando a necessidade de se criarem comunidade energéticas assentes nos painéis fotovoltaicos.

"Para nós é fundamental que se consigam criar comunidades energéticas, por exemplo assentes nas fotovoltaicas, para garantir que não há um monopólio acima de tudo das grandes empresas, como é o caso da EDP, para que dessa forma as famílias possam garantir que há, de facto, uma diminuição dos custos da fatura da eletricidade", sublinhou.

Para Inês de Sousa Real, é importante aliviar a carga fiscal e de impostos que é aplicada às famílias e tributar as atividades, essas sim que são poluentes, nomeadamente acabando com "as borlas fiscais que ainda persistem".

Portanto, para a porta-voz do PAN é fundamental ter-se o "bom senso" de olhar para o orçamento deste ano e perceber a quem é que se quer dar a mão se às famílias, se aos interesses que, até aqui, "têm estado instalados".

Inês de Sousa Real recordou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem uma fatia significativa de investimento para a EDP, para aquilo que é a transição energética, e, portanto, não faz qualquer sentido haver esse investimento por parte do PRR e a companhia não ter a sensibilidade de aliviar o peso na fatura.

Na opinião de Inês de Sousa Real, há um equilíbrio que está "manifestamente desajustado" porque não vale a pena o PRR estar a incentivar e apoiar empresas como a EDP e, depois, estar a penalizar o consumidor.

Recordando que foi "pela mão do PAN" que a tarifa social de energia foi alargada no ano passado, a porta-voz do PAN defendeu ainda o aumento da sua abrangência para aliviar as famílias em situação de vulnerabilidade social.

Durante toda a manhã, Inês de Sousa Real esteve acompanhada do candidato do PAN à Câmara Municipal de Matosinhos, Nuno Pires.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela