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"Amostragem concluída". Sonda OSIRIS-REx contactou com asteroide Bennu

21 de outubro de 2020 às 07:36

Momento do contacto com o corpo celeste foi celebrado com aplausos, uma vez que representa o culminar de uma missão que vai no quarto ano. Sucesso da recolha de amostras apenas será conhecido dentro de alguns dias.

A sonda OSIRIS-REx entrou hoje em contacto, ainda que por breves momentos, com o asteroide Bennu, confirmou a NASA, mas o sucesso da recolha de amostras apenas será conhecido dentro de alguns dias.

"Contacto confirmado (…) amostragem concluída", anuncia a agência espacial norte-americana durante uma transmissão em direto das operações.

O momento do contacto com o corpo celeste foi celebrado com aplausos, uma vez que representa o culminar de uma missão que vai no quarto ano.

(BOOP) SUCCESS

After over a decade of planning & countless hours of teamwork, we are overjoyed by the success of @OSIRISREx's attempt to touch down on ancient asteroid Bennu. What's next for the mission: https://t.co/zs0Boi2Iux

: @LockheedMartin pic.twitter.com/FfMBHVGrT9

Contudo, o sucesso desta aterragem e recolha de amostras apenas será conhecido dentro de alguns dias. A OSIRIS-REx deverá regressar à Terra dentro de três anos, em 2023.

A sonda chegou perto do Bennu em 03 de dezembro de 2018. Na altura, o aparelho chegou perto do asteroide passados poucos minutos das 17:00 em Lisboa, depois de uma 'viagem' pelo espaço de mais de dois anos, na qual se foi aproximando lentamente do corpo rochoso.

Trata-se da primeira missão da NASA que visa estudar e recolher uma amostra de um asteroide, neste caso um dos mais próximos da Terra e o corpo celeste mais pequeno alguma vez orbitado de tão perto por uma sonda.

Descoberto em 1999, Bennu é conhecido por ser rico em carbono, um composto básico da vida tal como se conhece.

Durante um ano, a OSIRIS-REx estudou o asteroide, sem aterrar nele, com o propósito de selecionar um local seguro e cientificamente interessante para recolher, com o auxílio de um braço robótico, um fragmento de rocha que será enviado para análise na Terra, onde a sonda deverá regressar em 2023.

O plano previa que o braço robótico, que tem pouco mais de três metros de comprimento, tocasse a superfície do asteroide durante cerca de cinco segundos, período de tempo em que seria provocada uma explosão de gás nitrogénio (azoto) que causa oscilações na superfície, permitindo a recolha de fragmentos de rocha.

O pedaço de asteroide, de pelo menos 60 gramas, aterrará na Terra numa cápsula que irá separar-se da sonda e está 'equipada' com um escudo térmico e um paraquedas.

Segundo a NASA, a missão irá ajudar os cientistas a compreenderem melhor como os planetas do Sistema Solar se formaram e como a vida começou na Terra. Asteroides como o Bennu contêm recursos naturais como água, compostos orgânicos e metais.

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