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Acidentes rodoviários e feridos graves aumentaram em março

18 de junho de 2021 às 09:16

Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, os acidentes aumentaram 3,1% em março face ao mesmo mês de 2020 e os feridos graves subiram 26,5%.

Os acidentes rodoviários aumentaram 3,1% em março face ao mesmo mês de 2020 e os feridos graves subiram 26,5%, quebrando o ciclo de descidas dos meses anteriores, revela esta sexta-feira a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

A ANSR divulgou o relatório de sinistralidade a 24 horas e de fiscalização rodoviária de março, que coincide com o terceiro mês do confinamento geral devido à pandemia de covid-19 e com as restrições na circulação por causa do estado de emergência.

"É de assinalar a evolução no mês de março, em que os acidentes registaram um aumento de 3,1% face ao mês homólogo do ano anterior, e em contraste com as reduções expressivas nos meses anteriores. Em março de 2021, e em comparação com março de 2020, houve ainda aumentos nos feridos graves (+26,5%) e nos feridos leves (+1,6%), mas, ainda assim, o número de vítimas mortais manteve-se em redução (-34,5%)", lê-se no documento.

Segundo o relatório, em março ocorreram 1.721 acidentes, enquanto no mesmo mês de 2020 registaram-se 1.670, que provocaram 19 mortos (menos dez que em março do ano passado), 129 feridos graves (mais 27) e 1.956 feridos ligeiros (mais 31).

Em 2020, Portugal entrou em estado de emergência a 19 de março.

A ANSR avança que, no primeiro trimestre do ano, registaram-se 4.396 acidentes no continente, de que resultaram 53 vítimas mortais, 292 feridos graves e 4.938 feridos ligeiros, tendo-se observado "uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade" em comparação com período homólogo de 2020.

A Segurança Rodoviária indica que, nos primeiros três meses do ano, ocorreram menos 2.365 acidentes com vítimas (-35,0%), menos 29 vítimas mortais (-35,4%), menos 116 feridos graves (-28,4%) e menos 3.109 feridos ligeiros (-38,6%) em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Segundo o relatório de março, a colisão foi o tipo de acidente mais frequente, apesar de o maior número de vítimas mortais e de feridos graves ter resultado de despistes.

A maioria dos acidentes ocorreu em arruamentos (67,8% do total) nos três primeiros meses do ano, enquanto nas estradas nacionais verificaram-se 15,9% dos desastres.

A ANSR indica igualmente que 66% das vítimas mortais eram condutores, 9,4% eram passageiros e 24,5% peões, sendo os automóveis ligeiros a maioria dos veículos intervenientes em acidentes.

No que respeita à entidade gestora de via, 41,5% do número de vítimas mortais registaram-se na rede rodoviária sob responsabilidade das Infraestruturas de Portugal (28,4% do total), Brisa (7,5%) e município de Alcobaça (5,7%).

Em relação à fiscalização, a ANSR indica que foram fiscalizados, entre janeiro e março, 26 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado uma diminuição de 18,9% em relação ao mesmo período de 2020.

O relatório justifica esta diminuição com a redução da circulação devido ao confinamento obrigatório.

Segundo o mesmo documento, no âmbito destas ações foram detetadas 257,8 mil infrações, o que representa uma diminuição de 28,4% face a 2020, sendo a maioria por excesso de velocidade (55,5%), embora tenha sofrido uma redução de 33,6%.

Entre janeiro e março, registou-se também uma redução de 62,9% nas transgressões por consumo de álcool acima do limite legal e de 33,6% nas infrações por uso do telemóvel.

Por sua vez, as infrações pela ausência de inspeção periódica obrigatória aumentaram 39,5% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado, tendo também aumentado as contraordenações pelo não uso do cinto de segurança (7,5%) e cadeirinhas para crianças (7,4%).

A criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 5,3% nos três primeiros meses de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 5,5 mil condutores.

A ANSR precisa que mais de metade das detenções se deveu à falta de habilitação legal para conduzir, com um aumento de 65,2% comparativamente ao primeiro trimestre de 2020.

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