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Da tiara centenária às meninas das flores. Todos os pormenores do casamento nobre do ano

Andreia Antunes 08 de junho de 2024 às 16:40

O casamento de alta sociedade, que decorreu nesta sexta-feira em Chester, Inglaterra, ficou marcado pela elegância do vestido de Olivia Henson, pela presença do príncipe William e pelo protesto do Just Stop Oil.

Hugh Grosvenor, o duque de Westminster, casou-se esta sexta-feira com Olivia Henson na Catedral de Chester, no que muitos estão a chamar de casamento de social do ano. 

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Foto: Getty Images
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Foto: EPA/Lusa
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O noivo chegou à catedral de Land Rover Defender verde-escuro, saindo do carro sob os aplausos da multidão que o aguardava. Chegou juntamente com os três padrinhos por volta das 11h30.

Já a noiva chegou perto do início da cerimónia acompanhada pelo pai, Rupert Henson, num Bentley de 1930, fornecido pela Heritage Collection da Bentley Motors. Antes dela, entraram as três meninas das flores, Isla, Zia e Orla, sobrinhas do duque de Westminster.

Olivia chegou à cerimónia sob um vento forte, e perante de milhares de pessoas que a aplaudiam e elogiavam o vestido. De cetim, o modelo apresentava um decote com rebordo recortado com um bordado feito à mão e à medida pela estilista inglesa Emma Victoria Payne, conhecida por desenhar vestidos de noiva para a alta sociedade.

A peça de cor marfim, e de um decote em barco, com mangas francesas e uma abertura nas costas. Já a cauda tinha dois metros de comprimento.

O véu foi igualmente criado por Emma Victoria Payne, sendo descrito pela mesma, segundo o jornal Tatler, como sendo "em cascata feito à medida, com intrincados bordados personalizados". Foi desenhado de forma a reproduzir o véu que a sua trisavó usou no seu casamento por volta de 1880.

Já a tiara Fabergé Myrtle Leaf - de folhas de murta - tem sido usada por várias gerações de noivas da família Grosvenor, desde 1906, quando foi criada pela casa Fabergé para o casamento do Lord Hugh Grosvenor e a Lady Mabel Crichton, em 1906. A própria irmã do noivo, Tamara, usou a joia no seu casamento em 2004.

O bouquet da noiva também tem história. Composto por clematis, scabiosas, ervilhas-de-cheiro, margaridas, lírios e rosas, plantas e flores colhidas em Eaton Hall, a propriedade da família do noivo onde as celebrações do casamento continuaram após a cerimónia religiosa.

A antiga Catedral de Chester, datada de 1093, foi escolhida pela ligação à família Grosvenor desde o século XII. A irmã do duque casou-se neste local em 2004, e um serviço memorial para o pai de Hugh Grosvenor, o 6º duque de Westminster, foi também aí realizado, em 2016.

O casal trocou os votos perante 400 convidados, entre os quais a rainha Camilla e o príncipe William, que foi um dos 10 ajudantes do noivo no evento. O príncipe Harry não esteve presente, nem o rei Carlos III, padrinho do noivo, devido às comemorações na Normandia, a propósito dos 80 anos do Dia D, onde esteve presente. Kate Middleton, a princesa de Gales, também faltou ao evento, uma vez que continua o seu tratamento contra o cancro.

Para evitar reações negativas da opinião pública em relação ao luxo da cerimónia, o casal anunciou que tinha financiado o projeto anual Summer Flowers, que envolve a plantação de 100 mil flores por toda a cidade, e ofereceu gelados gratuitos no dia do casamento ao público, fornecidos por três empresas locais.

Apesar deste gesto generoso, um protesto acabou por ocorrer à saída dos noivos da igreja. Entre as milhares de pessoas que os esperam, duas mulheres do movimento Just Stop Oil, decidiram libertar de um extintor, um gás cor de laranja, enquanto gritavam "apenas parem o petróleo [combustíveis fósseis]". As duas mulheres, de 69 e 73 anos, acabaram detidas pelas autoridades britânicas.

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