
Alemanha: o abalo político nas eleições em que está tudo em jogo
Os alemães vão às urnas dia 23 em clima de instabilidade: ataques nas ruas aumentam o discurso anti-imigração e dificultam acordos.
Os alemães vão às urnas dia 23 em clima de instabilidade: ataques nas ruas aumentam o discurso anti-imigração e dificultam acordos.
O problema e a origem desta onda xenófoba está nos políticos e nas suas políticas. Está em todos nós que, durante anos, não investimos o suficiente na integração, deixando o país impreparado para o fluxo migratório dos últimos anos. Está, também, na falta de políticas salariais e de desenvolvimento regional mais eficazes, permitindo que a desesperança azede e se transforme em ressentimento.
Apesar de não ter vencido, como indicavam algumas sondagens, o partido de extrema-direita (AfD) esteve lá perto, com quase 30% dos votos.
Com tanta mudança, oxalá os europeus acordem rapidamente do torpor da época estival porque a rentrée política em Bruxelas promete ser tão quente como o verão que agora termina.
O partido de extrema-direita conseguiu garantir ainda o segundo lugar na Saxónia, enquanto os partidos que lideram o atual governo ficaram a uma larga distância.
Um antigo professor de História que usou o lema das SS durante um discurso e que em tribunal afirmou desconhecer a origem da expressão está à frente nas sondagens das eleições estatais deste fim-de-semana.
O desiderato estratégico formulado por von der Leyen, em Março de 2020, de «alcançar uma proporção equitativa de 50% em todos os níveis administrativos da Comissão até ao final de 2024» deu em nada.
Passaram-se 78 anos desde a queda do nazismo e a Alemanha parece estar a perder o receio da extrema-direita. O partido radical AFD cresce e isso tem efeitos até nos outros partidos.
Afastado da família, que o considera suscetível de aderir a teorias da conspiração, Heinrich XIII foi detido na quarta-feira e acredita-se que fosse o líder que iria governar a Alemanha em caso de sucesso do golpe de Estado.
O estado da Alta Saxónia vai a votos este domingo, com a CDU de Angela Merkel a precisar de uma vitória, nas últimas eleições regionais antes das legislativas de setembro.
As restrições existentes já só são apoiadas hoje por um terço dos alemães contra dois terços no início de janeiro.
O seu comportamento como Presidente da República seria diferente do de comentadora da TV, diz, mas só q.b. Quem não entende a necessidade de ilegalizar o Chega é "ingénuo", acusa.
No total, a Alemanha soma 2.040.659 doentes infetados pelo novo coronavírus, dos quais 46.633 morreram (2,3%) e 1.691.700 recuperaram da doença.
Apesar da redução de novos infetados (18.678 em 24 horas), o número de mortes continua alto, com 980 desde sexta-feira.
O número de óbitos continua muito próximo do máximo das 1.888 mortes, registado na sexta-feira passada.
Desde o início da pandemia de covid-19, a Alemanha contabiliza 1.891.581 infeções e 39.878 mortes. Cerca de 1.511.800 pessoas foram consideradas curadas.