
José Luís Carneiro e o processo de pacificação do PS
O novo secretário-geral convidou para a sua direção os ex-ministros Cordeiro, Medina e Vieira da Silva. Rejeitaram, mas vão ser integrados de outras formas. Eis a estratégia interna.
O novo secretário-geral convidou para a sua direção os ex-ministros Cordeiro, Medina e Vieira da Silva. Rejeitaram, mas vão ser integrados de outras formas. Eis a estratégia interna.
Houve uma reunião tensa do secretariado nacional do partido no hotel Altis, onde alguns membros pediram a demissão de Pedro Nuno Santos. E os candidatos à sucessão começaram logo a aparecer.
Um líder impopular em busca de humanização e um partido em contrarrelógio, a escrever o programa em cima do joelho, enquanto a oposição interna afia facas. “O Largo do Rato tem andado numa parafernália”, diz um socialista. Como o PS quer construir a alternativa e os nomes ministeriáveis na cabeça do secretário-geral.
Amigos interpartidários (PS e BE), inimigos na advocacia (na Ordem) e camaradas solidários (no PSD).
No dia 19, sábado, na Escola de Verão das Mulheres Socialistas, o eurodeputado Francisco Assis incentivou a líder parlamentar a ser candidata por Lisboa. À SÁBADO, a resposta foi enigmática: Alexandra Leitão riu-se, bem humorada.
"Quando nós somos aqui atacados de forma tão veemente pela extrema-direita e ao mesmo tempo pela extrema-esquerda sobre a nossa posição, isso significa uma coisa: nós estamos no centro, nós estamos na moderação", afirmou o primeiro-ministro sobre a possibilidade de reconhecer a Palestina.
Rodeia-se de poucas pessoas e decide com a ajuda de ainda menos ou… sozinho. Quem faz parte do núcleo duro do líder do PS?
Os dados da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos revelam quem doou o quê nos últimos cinco anos. Em média, os partidos com assento parlamentar receberam cerca de 1 milhão de euros em donativos por ano. Nas listas de doadores estão algumas das famílias mais ricas e donos ou gestores dos mais poderosos grupos económicos portugueses. E quase ninguém quer explicar porque dá dinheiro a um partido político.
E sem complexos, o presidente da câmara de oeiras foi à festa do PCP
Os candidatos a deputados são os melhores que as direções têm para apresentar. Ou não: há troca-tintas, processos às costas, ética duvidosa, gente salva do desemprego político a curto prazo e muito mais. E até alguns riscos entre as novidades.
Dos elementos mais próximos do atual líder do PS, tal como se esperava, estão no Secretariado Nacional Alexandra Leitão, Duarte Cordeiro, Francisco César, João Torres, a ministra Marina Gonçalves, Nuno Araújo e Pedro Delgado Alves. Lista é votada hoje.
Uns acompanham-no desde a adolescência, outros são essenciais para mobilizar a máquina, há os ministeriáveis e os que já lhe deram dores de cabeça. Estes são os indefetíveis pedronunistas.
Não sabia quanto é o salário mínimo – tem de se preparar. Foi um ministro “irrequieto” – terá de se transformar em candidato a PM. Surge rodeado de boys – deve mostrar outras companhias, para mobilizar. Não apresentou propostas – os seus acham que não era ainda preciso. Pedro Nuno Santos foi aos treinos, mas agora é a sério. Os especialistas dão uma ajuda.
O novo líder do PS apelou à união, prometeu "encontrar espaço" para os adversários internos e continua a evitar comprometer-se com outros partidos. Para já, garante estar a "concretizar um sonho" — e até já é jocoso com jornalistas.
Um ex-secretário de Estado de um Governo de Costa está a ser investigado, alegadamente, por ter favorecido um ex-sócio numa negociação com o Estado.
É oficial: o ex-ministro entra na corrida a secretário-geral do PS. Elogia Costa e a geringonça, aponta como bandeiras melhorar salários, habitação e valorização do interior, chama Montenegro de mentiroso em relação a não se aliar ao Chega e deixa indiretas ao oponente José Luís Carneiro.