O mal estar como regime
Revoltas de classes, estratos, profissões, umas vezes bem definidas e consolidadas, outras vagas, sentimentais ou mal comunicadas. Não vale a pena fingir que não estamos aqui.
Revoltas de classes, estratos, profissões, umas vezes bem definidas e consolidadas, outras vagas, sentimentais ou mal comunicadas. Não vale a pena fingir que não estamos aqui.
“Deem-lhes pão e circo, e nunca se revoltarão.” É assim que costuma citar-se Juvenal, que nas Sátiras lamentava a transformação de um povo atento e exigente, numa massa mole, que pode ser comprada. Involuntariamente, Pedro Nuno Santos tocou no tema.
Ciclicamente, coloca-se o problema de saber o custo exato da vida política oficial, paga com o dinheiro dos contribuintes. Por trás dos raids a Rui Rio, estão as questões.
Nas atuais contabilidades sobre possíveis arranjos governamentais, há a tendência para integrar os hoje micropartidos, como o PCP e o Bloco de Esquerda, mas desqualificar o Chega, que é a terceira maior força parlamentar
O que se abre aqui, neste jogo das alianças pós-eleitorais possíveis, é tão só a velha porta do pântano italiano. Foi também em nome da estabilidade, da governabilidade e, claro, do fantasma anticomunista, que Itália foi governada meio século por coligações de democratas-cristãos, socialistas, liberais e republicanos.
"A prioridade é derrotar o colaboracionismo comunistas-socialistas que sonha transformar Portugal numa Venezuela da Europa", considera o ex-presidente do Governo Regional da Madeira.
O ex-presidente do Governo Regional da Madeira considerou que quem dirige o PSD "não pode estar preocupado com os meninos traquinas" de dentro do partido, avisando que quem perturbar "assume as consequências".
O verde do PAN deveria pôr-nos verdes de raiva. A única coisa que o fascismo querido do Pessoas-Animais-Natureza penosamente nos relembra é que, em última instância, somos isso mesmo: pessoas com natureza de animais
Felizmente para nós, e infelizmente para o Bloco e PCP, a extrema-direita marcial e xenófoba não tem muito espaço e tradição em Portugal.
A cegueira da partidocracia portuguesa, sobretudo a mais “progressista”, quanto à miséria social e às péssimas estratégias do Estado, é a origem das Jamaicas que pululam entre nós. Parte da classe dominante, o Bloco de Esquerda é especialmente culpado pelo desvio das atenções do essencial, e pela invenção de fábulas convenientes
Há quem ache que "democracia" é comer e calar. Votar de quando em vez e deixar os partidos tratar do resto. Mas o Estado, o regime, a república, não são só a partidocracia. O que fazer quanto aos outros órgãos? Devem os partidos controlá-los mais, ou menos? Falemos, por exemplo, de magistrados
O CDS/PP está em Congresso. Por trás de todos os discursos, comissões e caras novas, há que perceber o que se passa face à história do partido, e qual será a verdadeira guerra. E a quem interessa a subida à «Primeira Liga».
Portugal parece estar a nadar numa maré de optimismo, autoconfiança, estima, orgulho próprio, promessas e, sobretudo, realizações e conquistas. Há já quem diga que passámos das grandes sementeiras à colheita, pressentindo um ressurgimento pátrio. Será?
Há uma espécie de guerra surda entre a oposição, a “geringonça” e o Presidente Marcelo, no sentido de saber se “este País” está mesmo a ganhar saúde, ou se é tudo uma farsa. O diagnóstico, a seguir
Não sou, não fui, não serei nem um fanático admirador de Mário Soares, nem um crítico cego, que ignore o homem e a circunstância. Como tudo já foi dito e escrito sobre o desaparecido, achei que podia trazer aqui algumas histórias pessoais
Burkini faço aqui, mexicano desfaço acolá, mais longe revolto-me contra migrantes, aquém imagino Trump, mas também o racismo anti-branco e a cristianofobia. Para qualquer sociedade organizada, mesmo inconscientemente, o inferno são os outros. A não ser que não seja(m)