
Autoridades russas detêm cinco jornalistas de meios independentes
Um deles chegou a ser espancado e ameaçado de violência sexual pela polícia.
Um deles chegou a ser espancado e ameaçado de violência sexual pela polícia.
Milhares de russos assistiram às cerimónias e 45 pessoas foram detidas. Kremlin nega responsabilidades na morte do opositor de Putin.
"Quero viver numa Rússia livre, quero construir uma Rússia livre", afirmou Yulia Navalnaya.
Ao longo da noite, tributos florais a Navalny colocados junto a vários memoriais foram removidos por grupos de desconhecidos enquanto a polícia observava.
Anastasia Chernishova vendia doces com bandeiras da Ucrânia e frases como "não à guerra".
Alexei Moskaliov, russo com 54 anos, havia fugido da prisão domiciliária pouco antes de o tribunal de Moscovo o condenar a dois anos de prisão por "desacreditar o exército russo", no contexto da ofensiva russa à Ucrânia.
O deputado regional russo encenou um protesto ao discurso do presidente russo. E foi condenado a pagar uma multa por "desrespeito às forças armadas".
O ministério público de Moscovo advertiu de que punirá com até 15 anos de prisão a organização e participação em ações ilegais.
Coligação anti-guerra convocou protestos em várias cidades. Putin anunciou a mobilização militar parcial e 300 mil russos podem ser chamados a lutar.
Mais de 30 camionetas da polícia foram colocadas à volta do parque e perto das paredes vermelhas do Kremlin, e mais de 20 pessoas foram presas, de acordo com o repórter da agência AFP.
Desde o início da invasão da Ucrânia, dezenas de milhares de russos refugiaram-se nos países vizinhos, indignados com uma guerra criminosa e com medo das políticas repressivas de Vladimir Putin.
VK e Telegram têm sido usados como caixa de ressonância da narrativa do Kremlin. Para os russos, sem acesso a notícias ocidentais, soldados ucranianos são "terroristas" e russos como "defensores" – e colocam um Z na fotografia de perfil para mostrar apoio a Putin.
Navalvy, que atualmente se encontra preso, convocou os russos a manifestarem-se todos os dias na praça principal das suas cidades para exigir a paz na Ucrânia
Cerca de 900 pessoas foram detidas este domingo em 44 cidades russas, avança a organização OVD-Info.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Putin é um ladrão!" ou "Liberdade!", de acordo com jornalistas da AFP.
Opositor russo está em prisão preventiva até 15 de fevereiro. Mais de 3.400 pessoas foram detidas em todo o país pelas forças de segurança, muitas vezes com recurso à violência.