Movimento de médicos tarefeiros rejeita para já possibilidade de paralisar urgências
Primeiro quer conhecer o diploma do Governo sobre o novo regime de prestação de serviços.
Primeiro quer conhecer o diploma do Governo sobre o novo regime de prestação de serviços.
O Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considera que existem questões éticas e deontológicas a ter em conta no protesto dos médicos tarefeiros. A presidente da Federação Nacional dos Médicos, Joana Bordalo e Sá, atribui a "responsabilidade ética" ao Governo.
O Governo quer minimizar as diferenças pagas entre os médicos que têm contrato com o SNS e os médicos que trabalham como prestadores de serviço.
Os profissionais dizem sentir-se “ostracizados” e “excluídos das decisões” e dizem estar preparados para defender, “sem receios nem hesitações”, a valorização dos tarefeiros.
A SÁBADO recebeu o seguinte direito de resposta em relação ao artigo "O negócio milionário dos médicos tarefeiros".
112 obras alheias, uma tragédia e o que ela econde, a melhor forma de fugir ao cansaço da época e o negócio milionário dos médicos tarefeiros: tudo num mês, na SÁBADO
Os prestadores de serviços que custam milhões aos cofres públicos e o autarca especialista em negócios imobiliários são os destaques desta quarta-feira.
Com preços inflacionados e bases de dados suspeitas, este ano já foram pagos mais de 230 milhões de euros aos médicos tarefeiros. E ainda: as fotos do Portugal antigo e o negócio dos contentores, usados na construção de casas, escritórios ou hospitais
Urgências fechadas, grupos de WhatsApp para combinar inflação de preços, bases de dados suspeitas: como uma manobra orçamental de Sócrates viciou o SNS em prestadores e criou um negócio milionário para as multinacionais de recrutamento. Só este ano, até agosto, foram pagos €230 milhões. Uma única empresa já faturou €56 milhões, desde 2009.
Newsletter de segunda-feira.
Em vez de 40 euros por hora como seria previsto, recebeu 55 euros, uma possibilidade prevista na lei, mas que obriga a autorização da Direção-Executiva do SNS.
A maior despesa foi com a contratação de médicos tarefeiros, totalizando 213,30 milhões de euros, mais 11,2% que em 2023.
Esclarecimento da Administração Central do Sistema de Saúde aponta €90,56 como o valor máximo a pagar por hora.
O que se passa atualmente é "um leilão de preços", explica o responsável Diogo Ayres de Campos.
"Estamos a criar cada vez mais médicos não-especialistas que acabam por exercer como médicos tarefeiros no Serviço Nacional de Saúde", lamenta ANEM.