
Julgamento: Sócrates aposta na rota da Europa
A defesa do antigo primeiro-ministro encontrou um novo filão para tentar derrubar a Operação Marquês. Um parecer do ex-juiz Paulo Pinto de Albuquerque indicou-lhe o caminho.
A defesa do antigo primeiro-ministro encontrou um novo filão para tentar derrubar a Operação Marquês. Um parecer do ex-juiz Paulo Pinto de Albuquerque indicou-lhe o caminho.
António Vitorino esteve ligado a mais de uma dúzia de empresas, abriu portas entre o poder político e o económico e já foi visado em várias polémicas.
Os dois tinham uma "relação próxima" e ainda antes de Mexia chegar aos controlos da EDP já tinham "firmado um pacto" de favorecimento, acusa o MP.
A sua newsletter de quarta-feira.
Segundo o MP, o antigo ministro da Economia pediu à Universidade de Columbia que mentisse por si por estar a ser vítima de perseguição política por parte da "direita política e os seus amigos na imprensa".
Os advogados dizem que o Ministério Público conduziu uma "investigação não isenta" e deduziu uma "acusação frágil e sem fundamento" contra os arguidos.
"Não precisei nem preciso da ajuda de ninguém para ensinar em sete universidades estrangeiras", afirmou o antigo ministro da Economia.
Antigos dirigentes da EDP foram acusados de dois crimes de corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político.
"A absolvição. Ponto final. O julgamento foi arrasador para as teses da acusação, por isso esse seria o resultado que esperaria", afirmou o advogado Francisco Proença de Carvalho,
As defesas dos três arguidos reclamaram a absolvição dos seus clientes neste processo enquanto o MP pede nove anos de prisão para Pinho e seis para Salgado.
Ex-ministro da Economia está a ser julgado no caso EDP por corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.
Quase sete meses após o início das sessões no tribunal, cabe ao MP iniciar as suas alegações finais a partir das 9h30, expondo os seus argumentos após a fase de produção de prova.
Ex-ministro da Economia viu o Tribunal da Relação dar-lhe razão.
O Tribunal da Relação refere que há fortes indícios da prática dos crimes de corrupção por parte dos dois antigos gestores do grupo EDP e que havia real perigo de fuga.
São colocados em tribunais longe de casa, recebem cerca de 800 euros e fazem horas extra não remuneradas. Governo não tem sido capaz de travar a sangria dos oficiais de Justiça.
Representante do ex-banqueiro lembrou que a doença de Alzheimer "não é uma brincadeira" e considerou que "não é preciso uma perícia (...) para chegar à conclusão do óbvio".