
Rússia ataca a Ucrânia antes da visita de enviado dos EUA
A Rússia lançou quatro mísseis e 136 drones contra a Ucrânia horas antes da visita do representante norte-americano para a Ucrânia a Kiev.
A Rússia lançou quatro mísseis e 136 drones contra a Ucrânia horas antes da visita do representante norte-americano para a Ucrânia a Kiev.
O presidente dos Estados Unidos referiu, numa entrevista, que vai fazer uma "declaração importante sobre a Rússia na segunda-feira".
Outros líderes internacionais, como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontravam-se reunidos em Roma para a Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia.
A Cimeira de Haia aproxima-se e a realidade começa a chocar-nos de frente. O problema é que, de Washington, continua a haver uma dissonância entre o que Trump diz (quer a paz e estará furioso com Putin) e o que a Administração realmente faz (corta as vazas de Kiev para a NATO). Valha-nos Merz e a nova assertividade alemã.
Antes, o negociador-chefe da Rússia, Vladimir Medinsky, tinha anunciado que Moscovo está pronta para iniciar negociações com a Ucrânia sobre o conteúdo de um memorando de resolução do conflito e as condições para um cessar-fogo.
Reunião em Londres com representantes europeus já não vai contar com os altos representantes dos EUA. Vice-presidente norte-ameriano garantiu que ou os dois países respondem à proposta de paz ou saem das negociações.
O diálogo com a Rússia depende de Steve Witkoff, empresário promovido a negociador-chefe de Donald Trump, que é esperado em Moscovo antes do final da semana para aquela que será a sua quarta viagem à Rússia desde o relançamento das relações russo-americanas iniciado em meados de fevereiro pelo presidente republicano.
O horror em Sumy voltou a lembrar-nos o que é a invasão russa da Ucrânia, há mais de três anos. Está cada vez mais difícil manter o foco na questão mais relevante de todas, quando, em Washington, há um Presidente que soma disparates e garante a atenção mundial pela promoção da confusão.
Rustem Umerov, que lidera a delegação ucraniana na capital saudita, indicou que a agenda da reunião inclui propostas para proteger as instalações energéticas e as infraestruturas críticas.
Durante a estadia, Keith Kellogg deverá reunir-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir possíveis soluções para a paz.
Líderes dos principais países europeus vão marcar presença na reunião que se segue à cimeira de Munique, em que Zelensky pediu um exército europeu e JD Vance evitou falar sobre a guerra.
Em entrevista à Fox News, o presidente dos Estados Unidos deixou claro que pretende que haja contrapartidas que permitam ao país reaver o dinheiro enviado para a Ucrânia.
O republicano toma posse como presidente dos Estados Unidos esta segunda-feira. Luís Tomé, especialista em relações internacionais, teme por exemplo que a solução para a Ucrânia acabe por favorecer a Rússia.
O presidente-eleito dos EUA garantiu que o conflito na Ucrânia será uma prioridade mal tome posse. Suíça e Eslováquia podem acolher encontro. Ucrânia não quer ficar de fora.
Newsletter de terça-feira
Ucrânia e Rússia estão abertos à negociação de um cessar-fogo, mas terão que ser tomadas em conta as condições e repercussões em quase todo o mundo. A análise de João Carlos Barradas.