Pedro Melo fez parte do Conselho de Jurisdição Nacional quando Assunção Cristas era presidente do CDS-PP, tendo-se demitido no final de 2019 por discordar da forma como estava ser conduzido o processo de refiliação do antigo líder do partido Manuel Monteiro, e integrou igualmente a direção de Ribeiro e Castro.
O centrista apontou que "o momento limite" para inverter "o processo de degradação do CDS é este" e garantiu que, se não conseguir ser eleito no congresso extraordinário, não voltará a candidatar-se a líder porque deixará "de ter condições para o fazer".
Francisco Rodrigues dos Santos admitiu as dificuldades que o partido atravessa, tendo apontado dois caminhos, ou admitir "que está na hora de partir" e o Conselho Nacional terá como objetivo convocar um congresso e eleições para a liderança (como propôs Adolfo Mesquita Nunes), ou aproveitar a reunião para reforçar a atual direção.
Conselho Nacional marcado para este sábado está a deixar CDS em alvoroço. Mas Filipe Lobo D’Ávila recusa a ideia de querer deitar abaixo a direção de que faz parte.
Os derrotados reconheceram a nova liderança, mas um deles já avançou para a vice-presidência do partido.
"Foi o resultado que os congressistas quiseram dar", admitiu, antes de "dar os parabéns ao vencedor".
"O CDS não pode continuar a ter 4%" dos votos como nas anteriores legislativas, considerou ex-vice-presidente centrista.
"O grande desafio é recuperar a credibilidade do partido", disse o candidato à liderança, defendendo que "é importante dar um sinal de maturidade".
Abel Matos Santos disse que irá apresentar o projeto político que defende para o partido, para que "deixe de ser um CDS descafeinado" e passe a ser um partido "vitaminado".
"Aquilo que vimos na campanha faz-me temer que tenhamos aqui uma sucessão de casos e de discursos que acho que nos ficam mal a todos", criticou Cecília Meireles.
Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d´Ávila, Carlos Meira e Francisco Rodrigues dos Santos são os candidatos à liderança do partido.
Os cinco candidatos à liderança do CDS-PP vão pagar do seu bolso a campanha interna, mas só João João Almeida tem uma estimativa de custos: cerca de três mil euros.
Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular, propôs-se construir uma "nova direita", num "espaço da casa grande de direita", que tem novos concorrentes.
O candidato pretende "recuperar e ajudar a reerguer" o CDS que "as pessoas facilmente conseguem identificar", promovendo "um regresso à democracia cristã".
Líder da Juventude Popular afirma que é tempo de "Voltar a Acreditar" no partido e assume desafio de "construir um CDS de futuro, para o futuro".
O líder da Juventude Popular era um dos cinco vogais eleitos na direção do emblema 'leonino', resultantes do ato eleitoral que elegeu Varandas presidente, em 8 de setembro de 2018.
