
Médio Oriente: Israel exige que ONU retire relatório sobre fome em Gaza
O diretor-geral da diplomacia israelita acusou o organismo da ONU de ser “uma instituição de investigação politizada".
O diretor-geral da diplomacia israelita acusou o organismo da ONU de ser “uma instituição de investigação politizada".
Tess Ingran, porta-voz da agência da ONU para a infância para o Médio Oriente, salientou que em todos os centros de ajuda que visitou "existem pais desesperados a tentar encontar ajuda para os seus filhos, que estão desnutridos e fracos".
Ao todo já morreram 281 pessoas, incluindo 114 crianças.
A Organização Mundial de Saúde já alertou que a desnutrição infantil “está a acelerar a um ritmo catastrófico”, com mais de doze mil crianças identificadas como gravemente desnutridas apenas em julho.
Telavive controla já cerca de 75% de Gaza e a Cidade de Gaza tem servido de refúgio para grande parte da população.
Israel acredita que, com esta "pausa tática", vai conseguir "refutar a falsa alegação de fome intencional", cada vez mais feita para comunidade internal.
Deir al-Balah era a única cidade de Gaza que não tinha sofrido grandes operações terrestres nos 21 meses de guerra, o que levava à especulação de que os israelitas acreditavam que é ali que o Hamas mantém grande parte dos reféns.
O ministro Jean-Noël Barrot reforçou que a França pede "um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns do Hamas, que devem agora ser desarmados, e o acesso irrestrito de ajuda humanitária a Gaza".
O exército israelita reconheceu que suas tropas "dispararam tiros de advertência" contra milhares de palestinianos que aguardavam a chegada de camiões de ajuda humanitária.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza o número de mortes causadas pela operação militar israelita, que já dura há 21 meses, já ultrapassou as 56 mil pessoas.
A Faixa de Gaza, com uma população de cerca de 2,1 milhões de habitantes, foi sujeita a um bloqueio de ajuda (alimentos, medicamentos e outros bens básicos, como combustível) durante quase três meses, até que Israel permitiu o acesso limitado a bens na semana passada.
Destes 198 camiões, 90 já foram recolhidos por várias organizações e associações humanitárias para que o seu conteúdo, que inclui produtos nutricionais, medicamentos e farinha, seja distribuído, segundo o porta-voz Jens Laerke.
"Enfatizamos que o exame preliminar não revelou qualquer ligação a qualquer atividade" do exército israelita na área, disse porta-voz do governo israelita.
Em troca o governo israelita libertou 183 prisioneiros palestinianos. Esta é a quinta troca de reféns por prisioneiros desde a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo entre as duas partes do conflito.
EUA pressionaram para que seja alcançado acordo até 20 de janeiro. Em Israel, somam-se as manifestações que exigem o regresso dos reféns.
"População da Síria livre, a vitória é uma grande responsabilidade e é uma responsabilidade de todos nós", afirmou Mohamed al-Bashir, numa das suas primeiras declarações no novo cargo.