Newsletter de quinta-feira
Novas escutas do caso Tutti Frutti revelam os bastidores da candidatura de 2017 à câmara de Loures e as surpreendentes premonições políticas daqueles que viriam a ser arguidos no processo
Com agenda escondida da imprensa, ora com poder de encaixe para perguntas difíceis, ora irritado, Moedas perdeu uma semana a esconder a sua mais-valia: o contacto com o povo na rua.
Só nesta mandato foram 1.431 reuniões pagas com senhas de presença. Fiscaliza um executivo que gere €1,4 mil milhões, Mas o presidente da câmara não aparece, o público ignora e as contas escondem-se
Sobre o caráter pessoal enquanto jornalista, o agora eurodeputado disse que desempenhava a função de forma que considera ser a mais correta.
O eurodeputado já foi jornalista: e a intimidade com as fontes do PSD era tal que se autodenominou como "Goebbels" (o miniso da propaganda nazi) do partido. E ainda fazia entrevistas por encomenda, que mandava para rever e editar às suas fontes. É o que mostram as escutas do caso Tutti Frutti
Um enganou pessoas em negócios, outros demitiram-se por questões éticas - e há quem tenha arranjado trabalho para a família. PSD, PS e Chega insistem em candidatos com casos.
Acusado no Tutti Frutti, continua na junta da Estrela e na liderança do grupo parlamentar na AML, onde deixou de aparecer. Não convoca eleições internas há dois anos. Direção nacional desautorizou-o, oposição interna mobiliza-se.
Em causa estará a necessidade do autarca se defender no processo. Segundo a CNN Portugal, Fernando Braamcamp será agora substituído por Pedro Jesus.
O MP deduziu acusações contra 60 arguidos no âmbito do processo 'Tutti Frutti' por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência. Entre os acusados estão dois deputados do PSD Luís Newton, que anunciou suspender o mandato, e Carlos Eduardo Reis.
Ex-ministro é investigado por suspeitas de prevaricação pela atribuição de um apoio de 200 mil euros a uma associação desportiva em 2017.
Luís Newton, Carlos Eduardo Reis e Margarida Saavedra serão ouvidos na qualidade de arguidos.
Ministério Público constituiu arguido o ex-deputado do PSD Sérgio Azevedo, peça central do inquérito. Investigação pode terminar no verão.
O vereador de Carlos Moedas é também presidente da distrital do PSD. Foi constituído arguido no âmbito da operação Tutti-Frutti.
A indústria da corrupção – e não duvidem que ela existe – abriu uma guerra sem quartel à separação de poderes.
Os três deputados sociais democratas tomaram posse no dia 26 de março, na sequência das últimas eleições legislativas.
