No feminino, a espanhola Aitana Bonmatí, jogador do FC Barcelona, foi eleita a melhor pela terceira vez consecutiva.
Já começaram as críticas ao Mundial na Arábia Saudita, em especial relacionadas com as violações dos direitos humanos e com as más condições que muitos trabalhadores migrantes vão enfrentar. Para lá disso, também vai reinar a hipocrisia e a indiferença: os adeptos não vão deixar de ir aos estádios, tal como aconteceu no Qatar; e os vencedores de 2034 vão festejar na rua com o povo, tal como os milhões de argentinos que receberam a seleção em Buenos Aires, em 2022.
Foi para o Sporting depois de ter perdido 11-1 contra os leões, a mãe ia levar-lhe comida em tupperwares, escolheu o FC Porto apesar de o Benfica lhe dar mais dinheiro, e foi perseguido por alguns No Name Boys no Algarve após os penáltis defendidos no Sevilha.
O guarda-redes, que em miúdo se fartava de marcar golos, foi gigante frente à Eslovénia. Diogo Costa tornou-se mesmo o primeiro a defender três penáltis num Europeu de futebol. E agora, como será contra a França, uma das maiores bestas negras de sempre de Portugal?
Primeiro é preciso ganhar à Eslovénia (que até bateu a seleção num amigável em março), mas, depois, no caminho de Portugal deverão estar as seleções contra as quais temos mais taxa de insucesso: França, Espanha e... a pior de todas, a Alemanha.
O sorteio ditou ainda um Arsenal-Bayern Munique, um Atlético de Madrid-Borussia Dortmund e um Paris Saint-Germain-FC Barcelona, ingleses e espanhóis vão reeditar as meias-finais das duas últimas edições da prova, com decisão em Inglaterra.
Jordan Henderson não se importou de perder 8 milhões de euros para ir embora, Benzema e Firmino também querem sair. O novo Eldorado do futebol já não agrada aos jogadores, que se queixam do calor e da humidade, da "pouca seriedade" dos dirigentes e até dos estádios sem público.
Em outubro Gérald Darmanin acusou o atleta de ter "uma ligação sobejamente conhecida com a Irmandade Muçulmana".
Argentino sucede a Benzema e isola-se ainda mais na lista de vencedores do troféu que distingue o melhor futebolista do mundo.
"Benzema tem uma ligação sobejamente conhecida com a Irmandade Muçulmana", afirmou o ministro da Administração Interna francês.
Massacres de centenas, a tiro e com morteiros, na fronteira com o Iémen. Cadeia e pena de morte para quem se atreve a tweetar uma crítica. O alegado reformista só reformou o discurso.
João Félix foi emprestado ao Barcelona, o PSG reforçou-se com duas mãos cheias de jogadores e o Chelsea voltou a ser o clube que gastou mais dinheiro em contratações.
O jogador formado no FC Porto, está na terceira época na Arábia Saudita, cujo campeonato está em alta com a chegada de grandes craques, como Cristiano Ronaldo ou Benzema. Fábio conta o encontro com CR7 e diz que "é fácil adaptar-se ao país" – apesar de já ter sido proibido de entrar num shopping por estar... de calções.
Ronaldo é a principal figura, mas Benzema também já se mudou para lá e podem seguir-se outros craques, como Bernardo Silva. Todos com salários milionários. Esta parada de estrelas vai ajudar a desenvolver o futebol e abrir o país ao mundo ou será só uma moda passageira como aconteceu no Extremo Oriente?
No ranking do prémio da FIFA, Messi passou a contar mais dois troféus do que o português Cristiano Ronaldo, que ganhou em cinco ocasiões.
Detesto ser um desmancha-prazeres, mas vou ser. Já repararam que Portugal ainda não jogou com nenhuma equipa verdadeiramente grande neste Mundial? Aproveito também para dizer que já dei para peditórios como aquele que destila lamentações de ingratidão aos que (e são muitos) apenas veem o óbvio: Ronaldo não tem agora lugar na seleção.
