
Promotores imobiliários aplaudem "avanços" na habitação
A Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários saudou o reforço da oferta habitacional, arrendamento acessível e revisão fiscal no programa do novo Governo.
A Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários saudou o reforço da oferta habitacional, arrendamento acessível e revisão fiscal no programa do novo Governo.
Mariana Mortágua e Inês de Sousa Real estiveram na noite de quinta-feira em debate na CNN Portugal, numa discussão que, sem muitas discordâncias em vários temas, encontrou na questão fiscal o principal ponto de desacordo entre os dois partidos.
Especialistas têm dúvidas relativamente ao impacto das medidas na redução de preços, admitindo até que possa alimentar a especulação.
Diploma já está em vigor, mas PSD aceitou fazer alterações ao mesmo. Especialistas dividem-se sobre riscos associados à lei.
Entre as principais alterações aprovadas está a substituição do conceito de habitação de "valor moderado" -- utilizado pelo Governo - por "arrendamento acessível" ou "a custos controlados".
O problema acaba por ser esse mesmo. A forma como os governantes portugueses sucessivamente se encontram "tranquilos" com as suas acções e decisões.
A SÁBADO ouviu o professor catedrático Jorge Malheiros e a ativista Rita Silva sobre a alteração à lei dos solos aprovada em Conselho de Ministros e as opiniões parecem alinhadas: trata-se de um convite à especulação, coloca em risco as àreas rurais e pode originar cidades menos planeadas.
Candidaturas decorrem online na plataforma Habitar Lisboa e este apoio "destina-se a quem despende 30% do seu rendimento, ou mais, com a renda mensal de uma habitação arrendada no mercado privado".
Seis ministérios e dois secretarias de Estado mudaram-se para a sede da CGD, em Lisboa. Governo quer que edifícios agora libertados sirvam para combater a crise da habitação, mas o caminho ainda é longo.
Um terço não aplicou o aumento porque tem contratualizado por mútuo acordo outro coeficiente anual, enquanto 14% de inquiridos preferiram atualizar a renda noutro valor percentual por considerarem que o calculado pelo INE poderia colocar os inquilinos em risco de incumprimento.
O arrendamento acessível ganha escala em Lisboa com 3.300 imóveis municipais a saírem até 2026. No Porto, a fasquia vai nos 1.500 até 2028. A moda das cooperativas está de volta. Inquilinos, futuros proprietários, autarcas e arquitetos explicam à SÁBADO onde e quando surgem as oportunidades.
Veja como está a ser feito o combate à crise da habitação: até 2026, há 6.800 casas em construção, para arrendamento acessível. E ainda: entrevistas com o embaixador de Israel e com a socialite Lili Caneças; a estranha sociedade entre o clube Canelas e o milionário investidor do Chega.
A SÁBADO pediu a especialistas que avaliassem as melhores e piores propostas dos programas partidários relativamente a vários temas. Na habitação, todos têm falhas.
PS garantiu que não havia linhas vermelhas entre os partidos e elogiou até os problemas apresentados pelo Bloco de Esquerda, mas transpareceu o que os dividia.
A votação final global do documento no Parlamento, está prevista para 29 de novembro.
Ativista defendeu posição durante uma tentativa de despejo de uma família, composta por três pessoas, que reside num T4 na zona de Arroios, Lisboa.