Operação Lex. Ex-inspetor da PJ confirma circuito de dinheiro entre José Veiga e Rangel
Foram detetados "numerosos movimentos bancários" entre o ex-juiz, o seu alegado 'testa-de-ferro' Santos Martins e o empresário José Veiga.
Foram detetados "numerosos movimentos bancários" entre o ex-juiz, o seu alegado 'testa-de-ferro' Santos Martins e o empresário José Veiga.
O Ministério Público diz que o empresário recebeu €101 milhões da multinacional Asperbras que não declarou ao fisco português. Por isso, quer cobrar-lhe mais de €43 milhões. E ainda pondera acusá-lo de lavagem de dinheiro e corrupção num esquema que envolveu imóveis e carros de luxo, cofres secretos e até avestruzes e o cavalo Tirolez.
Para tentar concretizar os negócios envolveu o então CEO do Banco Carregosa, um alto quadro do BES e Miguel Relvas. A investigação da PJ terminou no fim de 2022, mas o MP adiou o fim do caso porque mandou transcrever de forma integral mais de mil escutas telefónicas. O caso arrasta-se há 10 anos, mas recentemente Veiga conseguiu que um juiz de Cabo Verde lhe libertasse cerca de €60 milhões que estavam apreendidos a pedido das autoridades portuguesas. Depois, tentou transferir quase €37 milhões – e nasceu um novo processo.
O processo por suspeitas de corrupção contra o ex-juiz desembargador começou, em fevereiro de 2016, quando outro juiz, Carlos Alexandre, decidiu ser direto com José Veiga: "Qual era o objectivo deste encontro com o senhor desembargador Rui Manuel Freitas Rangel?"
Relatório final da Polícia Judiciária revela todos os pormenores da investigação da Operação Lex, que começou em 2015, com o ex-juiz desembargador e José Veiga fotografados à porta do HoltelRitx, em Lisboa
A partir do momento em que se envolveu com o Benfica – outra das suas paixões –, com Luís Filipe Vieira e José Veiga, depois com o mundo à volta de Sócrates (e com o próprio), percebeu-se que Rangel se sentia intocável.
O empresário pagou a campanha do magistrado à presidência do Benfica e despesas de muitos milhares de euros em troca da sua ajuda para ser absolvido num processo na Relação.
O empresário e suspeito no processo Rota do Atlântico é suspeito de entregar vantagens indevidas ao juiz Rui Rangel. Acusação deve estar concluída até ao Verão.
O empresário português atuou como "testa de ferro" para canalizar mais de 50 milhões de dólares de dinheiros públicos do Congo.
Prazo para a entrega das candidaturas terminou esta quinta-feira e apenas foi proposta a lista encabeçada por José Mendes, informou, em declarações à agência Lusa, o presidente da Assembleia Geral, José Veiga, que se recandidata ao cargo
O Novo Banco vai ficar com 10% do Banco Internacional de Cabo Verde, após a venda de 90% do capital à IIB Group Holdings. O impacto no rácio de capital do banco é "marginalmente positivo". O banco não revela o valor da transacção.
Depois de um pedido de aceleração processual feito pela defesa do empresário, Procuradora-geral da República deu um prazo de 18 meses para o DCIAP concluir a investigação
Relação de Lisboa decidiu manter a pena efectiva a inspector por desviar €40.000 durante buscas a uma residência de José Veiga no âmbito do processo Rota do Atlântico.
O processo da Rota do Atlântico resultou na detenção do empresário José Veiga, acusado de corromper governantes do Congo.
Origem do dinheiro está numa empresa da esfera de José Veiga.
Origem do dinheiro está numa empresa da esfera de José Veiga.