Os "500 mil utilizadores" do passe ferroviário verde referidos na segunda-feira pelo Governo são, na prática, passes vendidos e não utilizadores diferentes.
"Por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, preveem-se fortes perturbações na circulação no dia 28 de abril de 2025 [hoje],", indicou a CP, adiantando que "para esta greve, não foram definidos serviços mínimos".
Em causa estão as declarações do ministro da Presidência na qual afirmou que "não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem".
Do total de 1.053 comboios programados até às 19h00, foram, assim, efetuados 771.
Entre as 00h00 e as 19h00 estavam programados 1.052 comboios.
A operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa, com especial impacto nas Linhas de Sintra, Azambuja e Sado.
De acordo com a CP, foram suprimidos 35 comboios na Linha de Sintra, 12 na Linha da Azambuja e 11 na do Sado.
Greve decorre até 3 de novembro, prevendo-se que o pior dia será a 31 de outubro, em que a paralisação é total.
O novo título de transporte, exclusivo para residentes em Portugal, pode ser adquirido na versão para 30 dias, mas também por períodos de 60 ou 90 dias.
Atualmente, um bilhete normal no serviço Intercidades para uma viagem de ida Lisboa – Porto, em segunda classe, custa 26,85 euros, ou seja, menos do que o valor do passe que entra hoje em vigor.
Greves serão parciais, de duas horas no início de cada turno. No dia 31 de outubro a paralisação será de 24 horas.
Indicação sobre a aprovação do passe ferroviário de 20 euros foi dada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro.
É absolutamente incompreensível que um transporte que não enfrenta trânsito e que não requer paragens demoradas (uma vez que os passageiros têm acesso a casa de banho e serviço de bar a bordo) possa demorar até mais 3 horas do que a viagem de automóvel.
Nos urbanos de Lisboa estavam programados 188 e foram suprimidos 137. Já nos comboios urbanos do Porto foram suprimidos 53 dos 85 programados.
A CP indica que nenhum dos seis comboios de longo curso programados foram realizados e nos regionais deveriam realizar-se 44 e foram suprimidos 29.
A greve foi convocada pelos sindicatos ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE, prevendo-se que afeta e circulação nos dias de paralisação.
