Os advogados de José Sócrates consideraram um “abuso” o pedido de adiamento por mais dois meses da investigação feito pelo Ministério Público à Procuradoria-Geral da República
O procurador Rosário Teixeira pediu mais dois meses à Procuradoria-Geral da República para concluir a investigação da Operação Marquês, na qual José Sócrates é arguido. E a reacção dos advogados do ex-primeiro-ministro foi imediata.
"Isto é um escândalo, ultrapassa todas as marcas. É um abuso que está a ser cometido à frente de todos os portugueses", reagiu a equipa de defesa ao Diário de Notícias.
"Até agora não descobriram nada e agora é que dizem que descobriram algumas coisinhas. É uma vergonha", disse o advogado João Araújo.
Por seu lado, Francisco Proença de Carvalho, advogado do ex-presidente do BES Ricardo Salgado, disse à Lusa não ter ficado "nada surpreendido com o pedido do DCIAP de prorrogação de prazo para conclusão da investigação porque "todos os sinais publicitados nos últimos tempos iam nesse sentido".
O prazo para a conclusão da investigação definido pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, termina já na sexta, dia 17.
A resposta ao pedido deverá ser conhecida amanhã. Se for aceite, será o terceiro adiamento do processo de acusação.
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